O Alto Comissário da ONU para os Refugiados, Filippo Grandi, afirmou neste sábado (6), em sua chegada à Colômbia, que vai se concentrar na proteção regional dos migrantes venezuelanos para evitar que sejam vítimas da criminalidade, especialmente mulheres e crianças.
Grandi, que iniciou uma viagem o levará a Argentina, Peru e Equador, assegurou à imprensa que sua "maior preocupação" são os riscos que sofrem os venezuelanos que fogem em massa da crise econômica em seu país.
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Queremos "que os venezuelanos possam ter instrumentos, acesso a uma proteção (...) em vários países e que não sejam expostos a riscos, à criminalidade e a perigos, especialmente as mulheres, as crianças", afirmou o funcionário da ONU.
Grandi anunciou que viajará neste domingo para a cidade fronteiriça de Cúcuta - por onde entram os venezuelanos que em um número importante seguem sua travessia para o sul do continente - para "ver pessoalmente" a situação.
'Estratégia regional'
O Alto Comissário para os Refugiados insistiu em que este êxodo incomum - que o governo de Nicolás Maduro nega - deve ser respondido mediante "uma estratégia regional porque muitos problemas são os mesmos em diferentes países".
Neste sentido, destacou a recente nomeação do ex-vice-presidente da Guatemala Eduardo Stein como seu representante para os migrantes e refugiados da Venezuela. "Seu papel será o de coordenar a ação internacional de forma mais eficaz, buscar recursos, mais recursos para ajudar os venezuelanos", destacou.
A ONU estima em 1,9 milhão o número de pessoas que deixaram a Venezuela desde 2015, devido à difícil situação interna, marcada por escassez de alimentos e medicamentos, bem como de produtos básicos, além da hiperinflação.