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França alega 'confusão' após tuíte incendiário de Trump

Trump considerou "insultante" a Europa querer se proteger dos Estados Unidos

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Publicado em 10/11/2018 às 13:50
Foto: SAUL LOEB / AFP
Trump considerou "insultante" a Europa querer se proteger dos Estados Unidos - FOTO: Foto: SAUL LOEB / AFP
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"O Exército europeu" proposto por Emmanuel Macron não tem como objetivo se proteger dos Estados Unidos - declarou a Presidência francesa, que alegou uma "confusão" na interpretação das declarações do presidente francês e que provocaram uma forte reação de Donald Trump.

As declarações de Macron na terça-feira, em uma entrevista com a rádio Europe 1, na qual defendeu a criação de um "verdadeiro Exército europeu", foram seguidas de um tuíte incendiário de Trump na sexta-feira (9), quando aterrissou em Paris. Nele, considerou "insultante" a Europa querer se proteger dos Estados Unidos.

Entrevista

Na entrevista, Macron se referiu sucessivamente a vários temas: as ameaças de intrusão no ciberespaço para a Europa e a retirada dos Estados Unidos do Tratado de Mísseis de Médio e Curto Alcance (INF, na sigla em inglês), concluído durante a Guerra Fria.

"Entendo que a sucessão de temas na entrevista tenha podido provocar uma confusão, mas se trata de dois temas distintos: o tratado INF e o tema de uma força de defesa europeia", disse a Presidência francesa à imprensa.

Macron "nunca disse que se teria que criar um Exército europeu contra os Estados Unidos", acrescentou.

Na medida em que a retirada do tratado INF "se refere à segurança da Europa, é necessário que a Europa esteja associada às conversas sobre este tema", acrescentou a mesma fonte.

"Certamente falaremos (sobre esta questão) esta manhã", disse a Presidência, no momento em que Trump chegava ao Palácio Eliseu, sede da Presidência francesa, para se reunir com Macron.

Na terça, Macron havia dito: "Estamos sendo abalados por tentativas de intrusão no ciberespaço e intervenções exteriores em nossa democracia, de vários. Devemos nos proteger frente à China, Rússia e até Estados Unidos".

E acrescentou: "Quando vejo o presidente Trump anunciar, há umas semanas, que sai de um grande tratado de desarmamento, que foi firmado - gostaria de lembrá-los - depois da crise dos euromísseis que tomou a Europa nos anos 1980... Quem é a principal vítima? Europa e sua segurança".

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