O presidente americano, Donald Trump, ironizou nesta terça-feira (13) no Twitter o "nível muito baixo" de popularidade, de 26%, de seu homólogo francês, Emmanuel Macron, a quem criticou por sugerir a criação de um Exército europeu.
"O problema é que Emmanuel sofre um nível muito baixo de aprovação na França", tuitou Trump, após criticá-lo por defender que a Europa precisa de seu próprio Exército e por colocar os Estados Unidos junto com China e Rússia como uma ameaça para a segurança da Europa.
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"Emmanuel Macron sugere construir seu próprio Exército para proteger a Europa dos EUA, da China e da Rússia. Mas foi a Alemanha na Primeira & Segunda Guerra Mundial. Como isso acabou para a França?", tuitou o presidente americano.
"Em Paris estavam começando a aprender alemão antes que os EUA chegassem. Paguem pela Otan, ou não!", acrescentou.
"Não há país mais Nacionalista do que a França, um povo muito orgulhoso e com razão!", insistiu. "FAÇAM A FRANÇA GRANDE DE NOVO", completou, fazendo uma analogia com seu slogan de campanha.
França preferiu não reagir
A Presidência francesa preferiu não reagir.
"Nós nos recusamos a fazer qualquer comentário", afirmou o governo francês, alguns minutos após a publicação dos tuítes do presidente americano.
Trump criticou reiteradamente seus aliados europeus por não gastarem o suficiente em suas Forças Armadas, em particular a Alemanha.
Durante o fim de semana, Macron provocou a irritação de Trump, após declarar que a Europa precisava de seu próprio Exército, além de situar Estados Unidos, China e Rússia como ameaças para a segurança da Europa.
Macron recebeu Trump no sábado, antes das festividades pelo fim da Primeira Guerra Mundial, em uma tentativa de aplacar a tensão depois que o presidente americano considerou "insultantes" essas declarações.
Em uma entrevista à CNN após seu encontro com Trump, Macron contou que falaram sobre o que seu governo considera um mal-entendido.
Ambos estão de acordo em que a carga da Otan deveria estar mais bem distribuída, no sentido de que a Europa deveria se apoiar menos nos Estados Unidos para os gastos de sua defesa, disse Macron.
O presidente francês declarou à CNN: "Para ser direto com vocês, o que não quero é ver os países da Europa aumentando os gastos de defesa para comprar armamento, ou outros materiais americanos".
Funcionários de Washington destacaram que seu governo está completamente comprometido com a Otan, apesar dos comentários de Trump.
O secretário-geral da Otan, Jens Stoltenberg, alertou nesta segunda-feira contra um fortalecimento da defesa da Europa, às custas da Aliança Atlântica.
"Elogio os esforços da União Europeia em matéria de defesa (...) porque é positivo que os aliados europeus tenham mais capacidade, trabalhem juntos de maneira mais estreita", mas "não comemoramos que a UE comece a desenvolver estruturas duplicadas", disse o norueguês em um foro Otan-Indústria em Berlim.