No dia em que a paralisação parcial do governo dos Estados Unidos completa uma semana, o presidente Donald Trump ameaçou novamente fechar a fronteira do país com o México. "Ou construímos um muro ou fechamos a fronteira sulista", escreveu em sua conta no Twitter, projetando ainda que, neste último cenário, a indústria automotiva americana "voltaria aos Estados Unidos, aonde pertence".
We will be forced to close the Southern Border entirely if the Obstructionist Democrats do not give us the money to finish the Wall & also change the ridiculous immigration laws that our Country is saddled with. Hard to believe there was a Congress & President who would approve!
— Donald J. Trump (@realDonaldTrump) 28 de dezembro de 2018
Para o republicano, o país regressaria ao ambiente "pré-Nafta" (Tratado Norte-Americano de Livre-Comércio), "antes de tantas de nossas companhias e empregos serem bobamente mandados para o México". "Seremos forçados a fechar a fronteira sulista se os democratas obstrucionistas não nos derem o dinheiro para terminar o muro e também mudar as ridículas leis de imigração que pesam sobre o nosso país", afirmou, em uma das várias publicações sequenciais sobre o tema.
Máquina pública federal está paralisada
Desde o primeiro minuto do último sábado (22), a máquina pública federal está parcialmente paralisada pela ausência de um orçamento vigente. Trump exige receber do Congresso um documento que preveja cerca de US$ 5 bilhões para erguer uma barreira física ao longo da divisa sulista, mas precisaria de votos do Partido Democrata para conseguir a verba. A oposição se nega a apoiar qualquer projeto de lei com dinheiro para o muro, o que levou ao atual impasse e à expiração do orçamento-tampão na semana passada sem que o Legislativo aprovasse um nova peça para substituí-lo.
Nos tuítes desta sexta-feira, Trump também escreveu que os EUA "perdem tanto dinheiro no comércio com o México sob o Nafta, mais de 75 bilhões de dólares ao ano (não incluindo o dinheiro de drogas que seria muitas vezes essa soma)", que ele "consideraria fechar a fronteira sulista uma 'operação lucrativa'".
Por fim, sobrou ainda para Honduras, Guatemala e El Salvador, que, na visão do presidente americano, "não estão fazendo nada pelos Estados Unidos além de tomar nosso dinheiro". "Dizem que uma nova caravana está se formando em Honduras e eles não estão fazendo nada sobre isso. Cortaremos toda a assistência a esses três países [que estão] tirando vantagem dos EUA por anos!", concluiu.
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