Europa

Mais de mil tentativas de migrantes para atravessar o Canal da Mancha

Situação por vezes se torna dramática, como ocorreu na madrugada de quarta-feira, quando um jovem sudanês clandestino foi atropelado por um caminhão e morreu

Da AFP
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Publicado em 31/07/2015 às 9:23
Foto: DENIS CHARLET/ AFP
Situação por vezes se torna dramática, como ocorreu na madrugada de quarta-feira, quando um jovem sudanês clandestino foi atropelado por um caminhão e morreu - FOTO: Foto: DENIS CHARLET/ AFP
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Inúmeros migrantes que tentam chegar à Inglaterra realizaram mais de mil tentativas de cruzar o Canal da Mancha, perto de Calais (norte da França), na madrugada desta sexta-feira, informaram fontes policiais. "Durante a noite, foram frustradas mais de mil tentativas, e houve cerca de trinta prisões", indicou a fonte. Um porta-voz da empresa Eurotunnel, que não pôde confirmar as cifras, indicou que houve muito menos pertubações desde a chegada do reforço de 120 policiais extras em apoio ao contingente de 300 já posicionados na região.

O túnel construído sob o Canal da Mancha foi cenário nas últimas semanas de tentativas em massa de migrantes dispostos a chegar à Grã-Bretanha, onde esperam encontrar melhores condições de vida. A situação por vezes se torna dramática, como ocorreu na madrugada de quarta-feira, quando um jovem sudanês clandestino foi atropelado por um caminhão e morreu. Desde o início de junho, nove pessoas já morreram na tentativa de cruzar o canal.

Na quinta-feira, o chefe de governo britânico, o conservador David Cameron, foi fortemente criticado por afirmar que um "enxame" de imigrantes tenta chegar à Grã-Bretanha, ao comentar a situação em Calais em entrevista à TV. "Tem um enxame de pessoas chegando pelo Mediterrâneo, que buscam uma vida melhor, que querem chegar à Grã-Bretanha, onde há empregos, uma economia forte, um lugar incrível para se viver", disse Cameron.

A líder interina da oposição trabalhista, Harriet Harman, estimou que o primeiro-ministro deveria  "lembrar que está falando de pessoas, e não de insetos". Até Nigel Farage, líder do Partido de Independência do Reino Unido (UKIP), que defende controles mais severos sobre os imigrantes, disse que "jamais usaria uma linguagem similar".

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