O candidato do PSDB à Presidência nas eleições 2018, Geraldo Alckmin, depôs por cerca de uma hora na sede do Ministério Público em São Paulo no inquérito que apura um suposto repasse de R$ 10 milhões em forma de caixa dois da Odebrecht para suas campanhas em 2010 e 2014. Ele foi ouvido pelo promotor Ricardo Manuel Castro e entrou e saiu do prédio sem falar com jornalistas.
Antes da audiência, em evento de campanha em SP, o ex-governador paulista afirmou que prestar contas é um dever cotidiano dos agentes públicos e voltou a defender que suas campanhas eleitorais anteriores não infringiram a lei. "É dever de quem está na vida pública cotidianamente prestar contas. Vou esclarecer o que quiserem. As minhas campanhas sempre foram modestas e rigorosamente dentro da lei", disse após participar de um evento na capital paulista.
Outros investigados
Além do ex-governador paulista, também são investigados o empresário Adhemar César Ribeiro, cunhado do tucano, e Marcos Monteiro, ex-secretário de Alckmin e tesoureiro da campanha de 2014.
Os executivos da Odebrecht e o cunhado do tucano já prestaram depoimento nas últimas duas semanas no inquérito instaurado pelo MP-SP. O cunhado do ex-governador negou ter recebido dinheiro para campanhas políticas de Alckmin.