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Facebook terá 'sala de guerra' para combater ingerência nas eleições

A ''sala de guerra'' é uma iniciativa do Facebook para combater os esquemas destinados a confundir eleitores

AFP
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Publicado em 20/09/2018 às 4:52
Foto: LIONEL BONAVENTURE / AFP
A ''sala de guerra'' é uma iniciativa do Facebook para combater os esquemas destinados a confundir eleitores - FOTO: Foto: LIONEL BONAVENTURE / AFP
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O Facebook anunciou nesta quarta-feira (19) que prepara uma "sala de guerra" na sede da empresa, na região de San Francisco, para enfrentar "em tempo real" os esforços nas redes sociais para manipular as eleições no Brasil.

"Estamos preparando um 'war room' em Menlo Park (ao sul de San Francisco) para as eleições no Brasil e nos Estados Unidos", disse Samidh Chakrabarti, responsável de "eleições e compromisso cívico" durante teleconferência dedicada aos esforços do Facebook para limitar a manipulação política através de publicações na plataforma.

"Servirá como um centro de comando para poder tomar decisões em tempo real".

Criticado por muitos nos últimos dois anos por não ter combatido as campanhas de desinformação, especialmente durante as eleições para presidente dos Estados Unidos em 2016, Facebook tem prometido continuamente melhorar e ampliar suas iniciativas neste sentido.

A "sala de guerra" deverá estar operacional para a eleição no Brasil, cujo primeiro turno acontece no dia 7 de outubro. As eleições de meio de mandato nos Estados Unidos estão previstas para 6 de novembro.

A "sala de guerra" é a última iniciativa conhecida do Facebook para combater os esquemas destinados a confundir eleitores, quando a plataforma se prepara para uma enxurrada de mentiras e campanhas de difamação para direcionar os votos, destaca a rede social.

Segundo o presidente do grupo, Mark Zuckerberg, Facebook está agora melhor preparado para combater os esforços de manipular a plataforma para influenciar eleições e recentemente frustrou este tipo de campanha em vários países, incluindo Brasil e México.

"Identificamos e eliminamos contas falsas antes das eleições na França, Alemanha, Alabama (EUA), México e Brasil," disse Zuckerberg na semana passada.

"Conseguimos encontrar e impedir campanhas externas de ingerência a partir da Rússia e Irã que pretendiam interferir nos Estados Unidos, Reino Unido, Oriente Médio e outros lugares, assim como  grupos no México e Brasil ativos no próprio país".

Contas falsas

Com a ajuda de um programa de inteligência artificial, Facebook bloqueou cerca de 1,3 bilhão de contas falsas entre março e outubro do ano passado, segundo a própria rede social.

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