Rumo a 2014

ACM Neto admite discutir aliança "com todos", inclusive com o PT

Líder do DEM quer o partido aberto ao diálogo com todas as correntes dispostas a disputar a Presidência em 2014

Otávio Batista
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Otávio Batista
Publicado em 16/04/2013 às 6:46
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Líder do DEM quer o partido aberto ao diálogo com todas as correntes dispostas a disputar a Presidência em 2014 - FOTO: Michele Souza/JC Imagem
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O prefeito de Salvador, principal capital governada pelo DEM, Antônio Carlos Magalhães Neto defendeu, nesta segunda (15), que o seu partido converse abertamente com todas as legendas, até com o Partido dos Trabalhadores, sobre a sucessão presidencial de 2014.

“Se a presidente (Dilma Rousseff, PT) me chamar para conversar sobre eleição, eu vou sentar com ela sem problema nenhum”, cravou ACM Neto, em visita ao Recife para o encontro de prefeitos do Nordeste.

Bastante fragilizado desde a migração de diversos dissidentes para o PSD do prefeito de São Paulo Gilberto Kassab, este também um ex-democrata, o DEM representa ainda um dos núcleos de resistência na oposição à gestão Dilma, junto com o PSDB e o PPS.

“O que muda dessa vez é que a gente entra podendo conversar com todo mundo. Tenho defendido isso abertamente. Não devemos fechar as portas ao diálogo com nenhuma das correntes que se colocarem para a disputa de 2014”, defendeu ACM Neto.

O prefeito baiano classificou as movimentações do governador Eduardo Campos (PSB) e dos demais nomes que vêm aparecendo como possíveis candidatos ao Palácio do Planalto, em 2014, como “naturais”. Destacou, entretanto, que, inicialmente, o partido deve discutir as questões estaduais.

“Nós, por enquanto, estamos nos preocupando com os projetos locais. Eu acho que é preciso dar autonomia aos diretórios estaduais para que desenhem a equação que mais dê conforto na eleição de governador e de deputado. A eleição de presidente vem depois disso”, explicou.

Na avaliação do líder do DEM, o apoio dos prefeitos será valorizado em 2014, sobretudo dos que estão em começo de gestão, pois caso apareçam bem avaliados no ano da disputa presidencial, serão bons “eleitores”, ou seja, chamarão votos para o presidenciável que subir em seu palanque. “Isso é natural, pode acontecer comigo em Salvador ou aqui com o Geraldo Julio. Essa questão vai ser discutida mais pra frente”, finalizou.

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