Ex-dirigentes do Comperj (Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro), que atualmente tem suas obras paradas e prejuízo estimado de ao menos R$ 1 bilhão, negaram nesta terça-feira (28) à CPI da Petrobras terem conhecimento de irregularidades.
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Depuseram à CPI o ex-presidente da área petroquímica do Comperj, Nilo Vieira, e o ex-gerente Jansen Ferreira, após outros dois depoimentos que já haviam ocorrido mais cedo, pela sub-relatoria que investiga superfaturamento em refinarias.
Nilo Vieira, que segundo o deputado Altineu Côrtes (PR-RJ), sub-relator, assinou aditivos que deram prejuízo à estatal, afirmou que sua função não tinha a ver com obras e projetos de engenharia.
Ele afirmou ainda que estudou na universidade com o ex-diretor de Serviços Renato Duque, preso sob acusação de envolvimento no esquema de corrupção, mas que não tinha relação de amizade com ele.
Já Jansen Ferreira disse que só participou das obras de terraplanagem, mas afirmou desconhecer a atuação do cartel de empreiteiras no Comperj. "Cartelização é um fenômeno de ordem econômica. Ele pode ter existido? É possível. Eu desconheço".
Disse que era amigo de Duque desde 1984 e que foi indicado por ele pelo cargo, mas que não sabia de seu suposto envolvimento com o esquema.