O escolhido por Michel Temer para assumir o Ministério da Justiça, Carlos Velloso, negou o convite para comandar a pasta, nesta sexta-feira (17). O motivo, que ainda não foi confirmado pelo governo, seria a vontade do ex-ministro em não deixar para trás o trabalho no escritório de advocacia da família, em Brasília.
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Ao Jornal do Commercio, a assessoria do Ministério da Justiça disse que não irá se pronunciar sobre o caso, já que Velloso não chegou a ser efetivamente ministro. A pasta, no entanto, garantiu ter conhecimento das notícias publicadas nesta sexta sobre a não aceitação do convite feito por Temer.
O próprio indicado à vaga na Justiça garantiu à Folha de São Paulo que possui contratos que "tem que manter". Os clientes de Velloso foram consultados por ele e não abriram mão do advogado. O que o fez recusar a proposta para a Justiça.
Em nota, Velloso disse já ter cumprido a cota dele de serviço à causa pública. "Continuarei à disposição do presidente Temer, amigo de cerca de 40 anos, para auxiliá-lo de outra forma, na missão que o destino conferiu ao consagrado constitucionalista de recolocar o Brasil nos trilhos do desenvolvimento econômico, com justiça social. 51 anos de serviço público e, dentre estes, 40 de magistratura, deixam-me seguro de que dei a minha cota de serviço à causa pública".
Novas escolhas
Michel Temer agora volta à estaca zero e deve começar a avaliar neste fim de semana novos nomes cotados para assumir a pasta.