Em artigo publicado nesta sexta-feira (10), no jornal "Folha de S.Paulo", intitulado "O Brasil e os direitos humanos", sobre a volta do País ao Conselho de Direitos Humanos das Nações Unidas, o presidente Michel Temer faz um apelo para a necessidade de se aprovar a reforma da Previdência no País.
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Ele reconhece que o diálogo com a sociedade brasileira e com o Congresso Nacional sobre o tema "não é fácil", mas alerta que é preciso ter uma postura de responsabilidade com o tema porque deixar como está "não é atitude aceitável e consequente".
No artigo, o presidente da República fala em responsabilidade fiscal e alerta que se não for feita a reforma da área previdenciária, "os jovens de hoje não terão aposentadoria amanhã. Mais do que isso: os aposentados de hoje já terão seus benefícios em xeque". Na defesa da medida, Temer alega que a proposta está em linha com a prática em outros países, que buscaram a convergência entre regimes e eliminaram privilégios. "Nosso objetivo é uma Previdência Social sustentável e equânime", destacou.
O governo Temer vem enfrentando resistências, principalmente do Congresso Nacional, com relação à aprovação da reforma da Previdência. Nessa quinta-feira (9), durante o evento "Fóruns Estadão", o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, foi taxativo ao dizer que não há espaço para negociar uma flexibilização da proposta de emenda à Constituição (PEC), em análise no Congresso, porque as contas precisam fechar.
Segundo ele, o governo "não tem um plano B" e o País caminhará para a "insolvência" caso a proposta seja rejeitada ou alterada de forma substancial pelo Legislativo.
Deputado admitiu que não há maioria para aprovar a reforma da Previdência
Em contrapartida, o novo líder da maioria na Câmara dos Deputados, Lelo Coimbra (PMDB-ES), admitiu que não há maioria para aprovar a reforma da Previdência, mas alegou que o esforço é para construir o caminho que leve aos 308 votos necessários para aprovar, em dois turnos, a PEC.
Na mesma linha do peemedebista, o deputado tucano Domingos Sávio (MG) garantiu que "a reforma, do jeito que está, não passa", mesma opinião compartilhada pelo relator da proposta, Arthur Maia (PPS-BA). Além disso, o PSB decidiu também que não vai apoiar a PEC.