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Após polêmica com Moro, Karnal diz que 'há uma vontade nacional de crucificar'

Registro de jantar com o magistrado causou decepção entre os seguidores do historiador, visto como referência por militantes de esquerda

JC Online
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Publicado em 13/03/2017 às 20:40
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Registro de jantar com o magistrado causou decepção entre os seguidores do historiador, visto como referência por militantes de esquerda - FOTO: Foto: Reprodução/Twitter
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Após ser alvo de críticas nos últimos dias, em virtude da publicação de uma foto na noite da última sexta-feira (10), com o juíz Sérgio Moro, o historiador e professor da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), Leandro Karnal, se pronunciou sobre o episódio em sua página no Facebook. Na publicação, ele classifica o jantar como um episódio que "eletrizou o País", e afirma que o Brasil vive um momento em que "há uma vontade nacional de crucificar". 

"Lamento a polarização no Brasil e lamento o clima que, por poucas explicações minhas, causei. Tomarei mais cuidado e desculpo-me por isto. O momento brasileiro é estranho e há uma vontade nacional de crucificar", declarou.

O historiador destacou que recebeu diversas manifestações após a publicação da imagem, tanto de críticas, quanto de apoio, o que o levará a tomar "mais cuidado" quando tiver novas reuniões com autoridades e "pessoas de referência". 

Na ocasião, além de Moro, responsável pelo julgamento das ações relacionadas à Operação Lava-Jato em primeira instância, também estava presente o juiz da 5ª Vara Federal de Maringá, Anderson Furlan.

Referência

O encontro causou decepção entre os seguidores do professor, visto como uma referência para a militância de esquerda. Na legenda da foto que registrou o jantar, Karnal afirmou que discutiu 'possibilidades de projetos em comum com os magistrados'. Após a repercussão, ele apagou a postagem no Facebook, mas manteve a imagem no Twitter.

Na postagem, ele se defendeu dizendo que "há algum tempo", é amigo de Furlan, "próximo ao juiz Moro". Segundo ele, Furlan teria sugerido o encontro com o responsável pelas investigações da Lava-Jato.

 

 

"Sou amigo do juiz Furlan há algum tempo. Temos chance de encontros por este país e ele, muito culto, autor de muitos livros e também autor de coluna para grande público no jornal Metro e Gazeta do Povo, ensina-me muito. Ele é próximo ao juiz Moro e sugeriu um encontro entre nós quando eu estivesse em Curitiba. Encontrei-me com o juiz Moro pela primeira vez na sexta à noite (10 de março) para jantar", afirmou.

Sobre quais seriam os planos em comum entre eles, o historiador destacou que estuda a realização de uma palestra na pós graduação da PUB com "muitos outros nomes do cenário nacional". Na publicação, Karnal reiterou que continua sendo "o mesmo". 


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