O prefeito de Salvador, ACM Neto, é acusado de ter recebido, em dinheiro vivo, R$ 1,8 milhão de caixa 2 da Odebrecht para financiar sua campanha para a prefeitura em 2012. As afirmações foram feitas pelo ex-diretor da Odebrecht na Bahia, André Vital. Em sua delação, Vital declarou que, no primeiro trimestre de 2012, a pedido de ACM Neto, se reuniu com o então candidato em seu escritório em Salvador, quando ACM teria pedido recursos para sua campanha. Na ocasião, o candidato indicou o empresário Lucas Cardoso como a pessoa responsável para administrar a entrega dos recursos.
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Segundo o delator, uma parcela de R$ 400 mil foi oficialmente depositada na candidatura de ACM, mas a maior parcela foi combinado que seria repassada via caixa 2. "Comuniquei a Lucas que o valor aprovado era de R$ 2,2 milhões e que parte desse valor ia ser pago via caixa 2", declarou Vital, que também disse ter apresentado provas de registros telefônicos sobre o acordo e os pagamentos, que viriam a ocorrer em quatro parcelas, em dinheiro.
"ANÃO"
ACM Neto, que na tabela de propinas da Odebrecht recebeu o apelido de "Anão", negou as irregularidades e disse que todos as doações que recebeu para sua campanha de 2012 à prefeitura de Salvador foram realizadas de forma legal, recebidas pelo partido - Democratas - e registradas na Justiça Eleitoral, como determina a lei. Ele acrescentou ainda que todas as suas contas de campanha foram aprovadas pela justiça eleitoral.