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Senado: Fernando e Armando votam a favor da reforma trabalhista; Humberto é contra

Projeto da reforma trabalhista aprovado na Câmara e segue agora apreciação no Senado

Mariana Araújo
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Mariana Araújo
Publicado em 27/04/2017 às 21:19
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Dos três senadores pernambucanos, apenas Humberto Costa (PT) mostrou-se contrário à aprovação da reforma trabalhista. Armando Monteiro Neto (PTB) e Fernando Bezerra Coelho (PSB) deverão votar favoráveis à proposta. O voto de Fernando deverá causar um novo desconforto mediante a Executiva Nacional do PSB, que orientou as bancadas da Câmara e do Senado a serem contrárias ao projeto.

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Líder da oposição, Humberto classificou a reforma como “absurda” e uma agressão aos trabalhadores. “A pseudoreforma é um golpe sob medida contra os trabalhadores, especialmente os mais pobres. Mais da metade das emendas acolhidas pelo relator da proposta do PSDB, deputado Rogério Marinho, foram apresentadas no Congresso Nacional por lobistas ou associações patronais, como a CNI e a CNT, que terminaram por ser financiadoras também do processo de impeachment no nosso país”, disse o senador, na tribuna, ontem. Para o petista, as mudanças na lei trabalhista fragilizam o atual momento vivido pelo País, “com índices altos de desemprego e perda de renda dos trabalhadores”.

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Humberto lembrou, ainda, que três ministros pernambucanos foram exonerados para votarem - Mendonça Filho (DEM), da Educação; Bruno Araújo (PSDB), das Cidades; e Fernando Coelho Filho (PSB), de Minas e Energia.

FAVORÁVEIS

Ex-ministro de Comércio Exterior de Dilma Rousseff (PT), Armando Monteiro Neto, mostrou-se favorável à reforma. “Há de se atualizar todo esse arcabouço da legislação trabalhista, porque o mundo mudou, há o impacto de novas tecnologias. Nós precisamos crescentemente que essas relações sejam reguladas mais pelo contrato do que pela lei. A lei não acompanha as mudanças que ocorreram nesse ambiente. O ponto central é o seguinte: nada pode se traduzir em subtração de direitos, mas no reconhecimento de que os trabalhadores podem, quando for do seu próprio interesse, negociar e pactuar diretamente”, afirmou o petebista, em entrevista na Rádio Jornal, na manhã de ontem.

Armando falou, ainda, sobre o fim do imposto sindical. “É uma coisa anacrônica, que termina vinculando, em termos de contribuições, pessoas que nem sindicalizadas são”, afirmou.

Para Fernando Bezerra, “as reformas trabalhista e da previdência apontam para um caminho seguro e que certamente levará o Brasil a retomar o crescimento”. O socialista segue a mesma linha de defesa de Armando, de modernização da lei. “O mundo mudou, as exigências do mercado também e precisamos nos adaptar a elas, para que tenhamos uma economia competitiva. Esta modernização das lei do trabalho certamente vão contribuir para regulamentar setores e gerar os empregos que precisamos, diante de uma multidão de desempregados que ultrapassa os 13 milhões de pessoas”, disse Fernando, através de nota.

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