O prefeito de São Paulo, João Doria (PSDB), afirmou ontem que os sindicatos que participaram da organização da greve geral na cidade, na última sexta-feira, terão de pagar pelos prejuízos causados no mobiliário urbano. "Vamos cobrar todos os sindicatos", disse Doria em evento do programa Cidade Linda.
Ao Estado, a assessoria da Prefeitura de São Paulo afirmou que está levantando informações sobre o tamanho dos danos e que apura quais são os movimentos envolvidos na quebra de semáforos e outros objetos em vias públicas para que seja feita a cobrança. "Os subprefeitos já estão avisados que precisam calcular os prejuízos em seus bairros", afirmou o político.
Leia Também
- João Doria chama manifestantes de ''vagabundos''
- Presidente nacional do PSB diz que João Doria age com canalhice
- Depois de polêmica com João Dória, Amazon promete doar Kindles
- João Doria pretende privatizar complexos de Anhembi e Interlagos
- João Doria anuncia acordo com McDonald's para empregar cem moradores de rua
Sem ligação
Em resposta ao prefeito, o secretário-geral da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Júlio Turra, afirmou que não existe ligação entre a greve organizada pelas centrais sindicais na última sexta-feira e os atos de vandalismo registrados ao longo do dia na cidade.
"Nós não podemos ser responsabilizados pelo ato de meia dúzia de jovens que decidem sair de casa para quebrar tudo", disse o sindicalista.
Dia do Trabalho
Na quinta-feira, o prefeito recorreu à Justiça para proibir evento que a CUT convocava para a Av. Paulista na segunda-feira, em comemoração do Dia do Trabalhador. Ontem, o Tribunal de Justiça do Estado decidiu a favor da Prefeitura e estabeleceu multa de R$ 10 milhões, caso a CUT descumpra a determinação.
O juiz Emanuel Brandão Filho, em sua decisão, afirmou que a CUT não prescinde de autorização prévia para realizar o evento e que a determinação visa "zelar pelo cumprimento das normas municipais".
Procurada pela reportagem, assessoria de imprensa da CUT reafirma que tem autorização e diz que vai recorrer na Justiça. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.