O presidente Michel Temer visitou neste domingo (7) o presidente do Senado, Eunício Oliveira (PMDB-CE), para conversar sobre a tramitação das reformas trabalhista e previdenciária. O encontro ocorreu na residência oficial da presidência do Senado, durante o almoço, e durou cerca de três horas. Segundo Eunício, tratou-se de uma "visita de cortesia, uma conversa de dois amigos há 15 anos".
Leia Também
- Michel Temer completa um ano à frente do poder
- Temer diz que apenas "parte da CNBB" é contrária às reformas
- Temer diz estar confiante de que reforma da Previdência seja aprovada
- Temer diz não ter intenção de continuar na atividade política
- Temer: não há luta de mérito na reforma trabalhista, há luta política
Na semana passada, Eunício esteve internado no hospital Sírio-Libanês, em São Paulo, para realizar exames complementares após ter sofrido um acidente isquêmico transitório (AIT). Ele recebeu alta na última quinta, 4, e voltará ao comando dos trabalhos legislativos nesta terça, 9.
Com a ausência de Eunício, Temer desestimulou senadores aliados a tentarem aprovar o regime de urgência para o projeto da reforma trabalhista, que chegou ao Senado na terça, 2. Ele disse a aliados que não queria dar sequência ao projeto na ausência do presidente da Casa para não "desprestigiá-lo". Além disso, governistas avaliaram que poderiam não ter apoio suficiente para uma vitória "expressiva", como desejava Temer.
AGENDA
Por acordo entre os líderes partidários, a reforma trabalhista começará a tramitar esta semana por três comissões do Senado: Comissão de Assuntos Econômicos (CAE), Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) e Comissão de Assuntos Sociais (CAS). A expectativa do Palácio do Planalto é de que o projeto seja aprovado em todos os colegiados até início de julho.
Temer quer que o Senado analise o projeto com celeridade, para que isso sirva de estímulo aos deputados, que apreciam simultaneamente a reforma da Previdência. Ele também quer evitar que destaques ao texto desfigurem a proposta. Além da oposição, o líder do PMDB no Senado, Renan Calheiros (AL), defende mudanças no texto aprovado pela Câmara.