No dia em que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva prestará depoimento para o juiz Sergio Moro, sob um forte esquema de segurança, o presidente Michel Temer aproveitou uma cerimônia no Palácio do Planalto para dizer que "precisamos pacificar e ter mais tranquilidade no País".
"O País não pode ficar nesse embate de brasileiro contra brasileiro", disse o presidente da República. "É preciso eliminar uma certa raivosidade que muitas vezes permeia a consciência nacional. Precisamos ter paz e tranquilidade e saber que nada vai impedir que o Brasil continue a trabalhar", completou.
Economia
Temer afirmou ainda que acredita que os brasileiros estão começando a ficar otimistas em relação a economia e que ele tem "orgulho" por ver a desaceleração da inflação de 10,7% para 4,5% e que a redução indica que o índice ficará "bem abaixo" da meta no fim do ano. "Ainda que lentamente, mas vigorosamente a economia está dando sinais de crescimento. O País começa a respirar", disse.
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Em seu discurso, o presidente destacou ainda a redução de juros e liberação das contas inativas do FGTS e disse que a liberação de verbas ajudou o varejo. "Não é sem razão que o varejo cresceu neste mês e pessoas atribuem à utilização das contas inativadas", afirmou, destacando ainda que a produção industrial teve o melhor trimestre e que a balança comercial vem registrando superávit.
O presidente disse também que o seu governo tem como força motriz a responsabilidade fiscal com a responsabilidade social e que juntas essas duas iniciativas tem como objetivo combater o desemprego. "Só tem sentido incentivar o capital com a ideia de que vamos gerar empregos", afirmou.
Ao destacar o programa de concessões do governo, o presidente disse ainda que os leilões de linhas de transmissão de energia foram muito bem sucedidos e disse que eles podem significar a redução da tarifa de energia.
Congresso
Ao iniciar o discurso, Temer, como de costume, exaltou a participação do Congresso Nacional nas ações do governo e repetiu que uma das palavras chaves de sua gestão é o diálogo. "Nós fizemos o Congresso de partícipe do nosso governo. Hoje o poder legislativo governo conosco", afirmou.
O presidente repetiu ainda que seu governo tem coragem e ousadia para modernizar as áreas de administração e destacou que "no tópico da responsabilidade fiscal estamos cuidando de outras reformas".
Reforma trabalhista
Temer disse que a reforma trabalhista que passou pela Câmara, "certa e seguramente", será aprovada pelo Senado. Na terça-feira (9), em reunião com senadores, para evitar que a proposta trabalhista seja alterada no Senado e tenha que retornar à Câmara, foi de iniciativa do próprio Temer propor, na reunião, a edição de uma Medida Provisória que altere os pontos de interesse dos senadores. Segundo o presidente, o texto não traz prejuízo nenhum para os trabalhadores.