A partir das 14h desta quarta-feira (10), ocorre um dos momentos mais aguardados da Operação Lava Jato nestes três anos de investigação. O ex-presidente Lula presta depoimento ao juiz Sérgio Moro pela primeira vez, mas apesar da expectativa, o público terá que se contentar em ficar distante do prédio da Justiça Federal e só ter acesso à oitiva horas depois.
LEIA MAIS - Acampamento do MST em apoio a Lula é alvo de rojões, dizem militantes
LEIA MAIS - Lula desembarca em Curitiba para prestar depoimento a Moro
Isso porque às 23h desta terça-feira (9), a área onde se localiza a sede da Justiça Federal foi interditada para bloquear o acesso de manifestantes. A entrada na região só está sendo liberada para comerciantes, moradores, profissionais de imprensa e servidores do Judiciário.
Leia Também
- Em última tentativa de adiar depoimento, defesa de Lula recorre ao STJ
- Caravanas contra e a favor de Lula chegam a Curitiba para depoimento
- Para PT, Lula deve focar em fragilidades de processo em depoimento
- Justiça suspende atividades do Instituto Lula por tentativa de obstrução
- Depoimento de Lula: polícia se prepara para 'manifestação pacífica'
Já aqueles que pretendiam acompanhar uma transmissão ao vivo do depoimento terão que esperar algumas horas até que a íntegra do vídeo seja divulgada. Até mesmo o uso de celulares foi proibido na audiência para que não aconteçam vazamentos.
Interrogatório
O interrogatório a que Lula será submetido ocorre por causa do processo em que foi acusado pelo Ministério Público Federal (MPF) do Paraná. A acusação é de que, em 2009, ele teria recebido um tríplex no edifício Solaris, no Guarujá como parte do pagamento de propinas pela OAS. A empreiteira conseguiria, por outro lado, três contratos com a Petrobras.
Manifestações
Os grupos contrários ao ex-presidente se concentrarão no Centro Cívico, em área situada atrás do Museu Oscar Niemeyer. Já os militantes pró-Lula ficarão na Praça Santos Andrade, perto da Universidade Federal do Paraná (UFPR).
Os favoráveis ao ex-presidente ficariam na Boca Maldita, local tradicional do Centro Histórico para realização de protestos, mas foram transferidos devido a "reclamações dos comerciantes" da região.
Por volta das 10h, a praça Santos Andrade deve ser ocupada com manifestações culturais e discussões sobre democracia e o grupo deve se manter no local até o fim do depoimento. Um estacionamento foi concedido pelo prefeito Rafael Greca (PMN) para que os ônibus das caravanas fossem guardados.
Nesta terça-feira (9), o secretário Wagner Mesquita informou que nem o efetivo policial, nem os pontos de bloqueios de trânsito serão comunicados por questões de segurança.