Após prestar depoimento ao juiz Sergio Moro, Lula foi ao encontro de militantes na Praça Santos Andrade, na noite desta quarta (10), no Centro de Curitiba, no Paraná, onde foi montado um palco em que se revezaram no microfone políticos e representantes de entidades sociais aliados. "Se um dia eu tiver que mentir pra vocês, eu prefiro que um ônibus me atropele", falou.
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Ele fez um discurso de conclamação e já em clima de eleição, já que garante ser candidato à Presidência em 2018. "Tô vivo e me preparando pra ser candidato a presidente desse País", falou o petista na manifestação. "O metalúrgico de quarto ano primário vai provar que é possível consertar esse País".
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Lula foi a Curitiba para ser interrogado pelo juiz Sergio Moro pela primeira vez como réu na Lava Jato, no âmbito da ação em que é acusado de receber propina da empreiteira OAS, no caso do triplex e de um depósito para guardar bens do político.
"Não quero ser julgado por interpretações, quero ser julgado por provas", declarou o presidente, após afirmar que o juiz Sergio Moro não apresentou provas contra ele durante o interrogatório.
O depoimento do ex-presidente demorou cerca de 5 horas, após tentativsa frustradas da defesa na Justiça de adiar o interrogatório, na noite da última terça (10).
A partir de agora, o Ministério Público Federal (MPF) e as defesas poderão pedir as últimas diligências. Caso isso não ocorra, o juiz determinará os prazos para que as partes apresentem as alegações finais.
Depois, os autos voltam para Moro, que definirá a sentença. Não há prazo para que a sentença seja publicada. "Prestarei quantos depoimentos forem necessários", disse Lula, no palco.
ATO CONTRA LULA
Além dos manifestantes pró-Lula, também foi organizado um ato contra o ex-presidente. Para não haver confronto, a polícia separou os dois grupos.
Os críticos do petistas ficaram perto do Museu Oscar Niemeyer, no Centro Cívico, até perto das 19h. Cerca de 3 mil homens da segurança do Estado participaram do esquema nesta quarta-feira.