A irmã do senador Aécio Neves (PSDB-MG), Andrea Neves, foi presa pela Polícia Federal em Nova Lima, na Grande Belo Horizonte, Minas Gerais, na manhã desta quinta-feira (18), acusada de pedir dinheiro para Joesley Batista em nome do irmão - que recebeu R$ 2 milhões do empresário em entrega filmada e registrada. O dinheiro foi dada a um primo de Aécio.
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Um primo do presidente do PSDB também foi preso preventivamente pela Polícia Federal. Frederico Pacheco de Medeiros, conhecido como Fred, teria sido filmado recebendo R$ 2 milhões a mando de Joesley Batista.
Além dele, Menderson Souza Lima, assessor do senador Zezé Perrela (PMDB-MG) também foi preso. Todos foram citados na delação de Joesley Batista. Em todos os casos os mandados são de prisão preventiva e foram autorizados pelo STF.
A operação também faz buscas em endereços ligados ao senador e também no gabinete dele. Nesta manhã, o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, solicitou a prisão do senador e o pedido foi submetido pelo relator da Lava Jato no Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Edson Fachin, ao plenário do Supremo.
Delação de Joesley Batista
Aécio foi gravado solicitando R$ 2 milhões ao empresário Joesley Batista. O Supremo afastou o senador e também o deputado Rodrigo Rocha Loures (PMDB) de seus cargos com base na delação de Joesley Batista e pessoas ligadas ao grupo J&F. Na conversa gravada, Joesley e Aécio negociam de que forma seria feita a entrega do dinheiro.
O empresário teria dito que se o senador recebesse pessoalmente o dinheiro, ele mesmo, Joesley, faria a entrega. E, se Aécio mandasse um preposto, o empresário faria o mesmo. Foi quando o senador disse a seguinte frase: "Tem que ser um que a gente mata ele antes de fazer delação. Vai ser o Fred com um cara seu. Vamos combinar o Fred com um cara seu porque ele sai de lá e vai no cara. E você vai me dar uma ajuda do c***."
O "Fred" citado no diálogo é Frederico Pacheco de Medeiros, primo de Aécio, ex-diretor da Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig) e um dos coordenadores da campanha do tucano à Presidência em 2014. O responsável pela entrega teria sido o diretor de Relações Institucionais da JBS, Ricardo Saud, de acordo com a reportagem do jornal.