O ministro de Minas e Energia, Fernando Bezerra Filho (PSB), não quis se manifestar sobre o pedido feito pelo presidente nacional do PSB, Carlos Siqueira, para que ele deixe o cargo ministerial imediatamente.
Apesar de sua filiação partidária, Bezerra Filho tem dito que sua indicação para o cargo não tem relação com o PSB. Aos 32 anos, ele assumiu o posto em maio do ano passado, quando Michel Temer assumiu a presidência. À época, foi alvo de críticas, porque não tinha conhecimento do setor.
A indicação dele, na realidade, está ligada ao apoio que seu pai, o senador Fernando Bezerra (PSB-PE), deu para Temer durante o processo de impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff.
Leia Também
Fernando Bezerra, que foi ministro da Integração de Dilma e defensor do governo petista, deixou o ministério e passou a atuar como um dos principais articulares para a aprovação do processo de impedimento da ex-presidente no Congresso.
Alvo da Operação Lava Jato, o senador Fernando Bezerra é acusado pela Procuradoria-Geral da República (PGR) de ter recebido ao menos R$ 41,5 milhões em propina de dinheiro desviado da Petrobras em contratos com as construtoras Queiroz Galvão, OAS e Camargo Corrêa, por conta de obras atreladas à refinaria de Abreu e Lima, em Pernambuco.
No Congresso, o presidente nacional do PSB, Carlos Siqueira, disse que Bezerra Filho, que é deputado licenciado por Pernambuco, não foi indicado pela sigla, mas o fato de ele ser filiado ao partido é suficiente para pedir sua saída.