Com a quebra do sigilo da delação premiada de Joesley Batista, dono da empresa JBS, alguns anexos do documento começaram a ser vazados por jornalistas. Um deles, Fausto Macedo, confirmou que o presidente Michel Temer já negociava pagamentos de propina com o empresário desde 2010, estabelecendo com ele até o contato para o pagamento de um ''mensalinho'' a um ex-ministro do governo.
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No anexo 9 da delação, que comprova a relação mantida entre Michel Temer e Joesley Batista, está registrado que o empresário concordou, em 2010, realizar o pagamento de R$ 3 milhões de em propina, R$ 1 milhão em doação oficial e o restante para a empresa Pública Comunicações.
Nesse mesmo ano, também houve concordância para o pagamento de R$ 240 mil à empresa Ilha Produções. Conforme o documento, Joesley esteve reunido com Temer por não menos que 20 vezes.
Com o auxílio do atual presidente, Wagner Rossi, ex-ministro da Agricultura começou a receber um ''mensalinho'' de R$ 100 mil a pedido de Temer. O pagamento foi feito por cerca de um ano.
Em 2012, também houve pagamento de propina a pedido de Temer, desta vez foram R$ 3 milhões via caixa 2 para Gabriel Chalita, então candidato à prefeitura de São Paulo.
Antes de se tornar presidente
Pouco antes de assumir a presidência, Temer acertou com Joesley o pagamento de R$ 300 mil para pagar despesas referentes à publicidade dele na internet. O dinheiro teria sido dado ao marqueteiro do peemedebista, Elcinho, na casa do dono da JBS.
O restante do documento ainda cita a versão de que Temer antecipou informações do Copom a Joesley, além da relação do empresário com Geddel Vieira Lima, ex-ministro de Temer, e com o deputado Rodrigo Rocha loures, apontado como receptor de um pagamento irregular feito pelo dono da JBS.