O presidente Michel Temer criticou o fato de o empresário Joesley Batista, da JBS, autor do grampo, estar "livre e solto", passeando pelas ruas de Nova York. "O Brasil, que já tinha saído da mais grave crise econômica de sua história, vive, agora, sou obrigado a reconhecer, dias de incertezas. Ele não passou nenhum dia na cadeia, não foi preso, julgado nem punido, nem será. Cometeu, digamos assim, o crime perfeito graças à essa gravação fraudulenta e manipulada", afirmou ele, em pronunciamento, feito há pouco em Brasília.
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Temer afirmou que Joesley Batista especulou contra a moeda nacional e que a notícia sobre a gravação de sua conversa com o empresário foi vazada "seguramente" por gente ligada à JBS. Ele também mencionou, conforme antecipou o Broadcast na última quinta-feira (18), a compra de US$ 1 bilhão no mercado antes de entregar a gravação uma vez que "sabia que isso provocaria o caos no câmbio".
"Por outro lado, sabendo que a divulgação também reduziria as ações de sua empresa, as vendeu antes da queda da bolsa", disse Temer, que acrescentou: "Não são palavras minhas. Esses fatos já estão sendo apurados pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM)"
LUCRO
O presidente afirmou ainda que a JBS, conforme antecipou a Coluna do Broadcast, lucrou milhões e milhões de dólares em menos de 24 horas por conta da atuação no mercado de câmbio. Este é o segundo pronunciamento que Temer faz para se defender das acusações relatadas na delação premiada do empresário Joesley Batista, da JBS.