A mala com a quantia de R$ 500 mil dados por Joesley Batista, dono da JBS, ao deputado Rodrigo Rocha Loures (PMDB-PR), supostamente a mando de Michel Temer, ainda está desaparecida. De acordo com informações da Polícia Federal, desde essa quinta-feira (18), quando foi deflagrada a operação contra o Senador Aécio Neves (PSDB-MG) e o deputado, o dinheiro não foi encontrado.
Leia Também
- Probabilidade de Temer cair sobe de 20% para 70%, diz Eurasia
- Antônio Campos entra com pedido de impeachment contra Michel Temer
- Políticos e juízes surgem como opção a Temer
- Temer 'se equivocou' em entrevista ao falar sobre Carne Fraca e Joesley
- Temer achava que dono da JBS queria conversar sobre operação ainda não deflagrada pela PF
Conforme o jornal Folha de São Paulo, a investigação aponta que a mala com dinheiro teria sido levada para a casa do pai do deputado. Diferentemente da mala de dinheiro entregue a Frederico Mendes, primo de Aécio, a de Loures não tinha chip para rastreamento da localização.
Rocha Loures aparece citado por Michel Temer como o homem de confiança, o qual poderia tratar "tudo" com Joesley. O Ministério Público suspeita que presidente tenha sido também um dos destinatários da propina.
Inquérito
No pedido de abertura de inquérito contra Michel Temer, Aécio Neves e Loures, o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, apontou indícios de corrupção passiva, formação de quadrilha e obstrução de Justiça. Nesta quarta-feira (24), o Supremo Tribunal Federal (STF) deve decidir sobre a suspensão da investigação contra Michel Temer.