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Antônio Campos entra com pedido de impeachment contra Michel Temer

Este é o décimo pedido de impeachment contra o presidente enviado à Câmara dos Deputados

Da editoria de Política
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Publicado em 22/05/2017 às 11:34
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Atualizada às 12h50

O ex-candidato a prefeito de Olinda e advogado Antônio Campos entrou neste domingo (21) com um pedido de impeachment contra o presidente Michel Temer (PMDB), por crime de responsabilidade.

“Temer, que nasceu de uma eleição viciada e ilegítima nunca foi meio de solução dos problemas nacionais e sequer poderia ser ‘pinguela’ verbalizada pelo ex-presidente Fernando Henrique Cardoso para o momento do País e para eleições de 2018”, disse em carta.

Antônio Campos criticou a falta de diálogo sobre as reformas propostas pelo governo federal. “Em iniciativas de reformas Trabalhista e Previdenciária apressadas, sem uma maior discussão com a sociedade, não resguardou com equilíbrio os interesses dos brasileiros”. Também afirmou que esses fatos são gerados por um “sistema eleitoral falido” que deve ser reformado “com urgência e prioridade”.

Campos questionou a legitimidade do presidente da Câmara Rodrigo Maia (DEM-RJ) e do presidente do Senado Federal, Eunício Oliveira (PMDB-CE) para assumir a presidência da República “ante os seus notórios envolvimentos na Operação Lava Jato”. Os parlamentares estão na linha sucessória caso Michel Temer seja afastado por renúncia, impeachment ou condenação por crime eleitoral pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

Eduardo Campos

O irmão de Antônio Campos, o ex-governador de Pernambuco Eduardo Campos, falecido em agosto de 2014, também é citado em delação de um dos executivos da JBS. Ricardo Saud afirmou, em delação à força-tarefa da Lava Jato, que negociou o pagamento de propina na campanha de 2014 com o governador de Pernambuco, Paulo Câmara, e com o prefeito do Recife, Geraldo Julio; ambos do PSB. Tudo começou com um acerto para pagar R$ 15 milhões para a campanha presidencial de Eduardo Campos.

Após a morte de Eduardo, Saud conta que foi procurado por Geraldo Julio pedindo para que fosse honrado o pagamento do que havia sido negociado com Eduardo. O objetivo era vencer a eleição pelo governo de Pernambuco.

No início, a JBS queria pagar apenas o que foi combinado com o ex-governador. "Nós chegamos ao meio termo que íamos pagar para não atrapalhar a campanha do Paulo Câmara. E ainda darmos uma propina para o Paulo Câmara em dinheiro vivo lá em Pernambuco", afirma.

Impeachment

Agora, são dez pedidos de impeachment enviados à Câmara dos Deputados, após divulgação dos vídeos da delação premiada do empresário Joesley Batista, da JBS, que implica Temer num esquema de pagamento para comprar o silêncio do ex-presidente da Câmara, deputado Eduardo Cunha (PMDB).

Inquérito

O Supremo Tribunal Federal (STF) autorizou nessa quinta-feira (18) um inquérito contra o presidente Michel Temer por parte da Procuradoria Geral da República (PGR), por obstrução da Justiça.  

O ministro do Supremo Trinunal Federal (STF) Edson Fachin decidiu neste sábado (20) enviar para perícia da Polícia Federal (PF) o áudio no qual o empresário Joesley Batista, dono da empresa JBS, gravou uma conversa com o presidente Michel Temer. A perícia foi solicitada pela defesa do presidente. Na mesma decisão, Fachin resolvou remeter para julgamento pelo plenário da Corte, na próxima quarta-feira (24), o pedido feito pela defesa do presidente Temer para suspender as investigacões até que a finalização da perícia.

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