O Tribunal de Contas da União (TCU) vai priorizar a análise dos processos abertos e das fiscalizações autorizadas que envolvam as empresas do Grupo JBS. Em comunicado lido na sessão desta quarta-feira (24), o presidente do TCU, ministro Raimundo Carreiro, disse que, diante das delações dos dirigentes da empresa, é preciso averiguar o potencial impacto aos cofres públicos em razão das irregularidades cometidas.
“É preocupante a eventual repetição do modus operandi praticado pelo Grupo JBS em operações similares de outras jurisdicionadas, bem como provável prática dessas ilegalidades nos negócios de outros grupos econômicos”, disse Carreiro.
Leia Também
Mapeamento
O presidente determinou que a área técnica do tribunal mapeie todos os processos que envolvem a empresa e avalie a necessidade da criação de um grupo de trabalho com especialistas para cuidar da fiscalização. O TCU também deverá providenciar com urgência o treinamento de servidores para atuar nos processos.
Ele lembrou que a delação premiada da JBS trouxe à tona possíveis pagamentos a gestores públicos e a políticos para obtenção dos mais diversos benefícios, que vão desde a obstrução de investigações, passando pela liberação de volumosos recursos por parte de entidades estatais como o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e a Caixa. “Se são verídicos esses fatos, precisam ser identificadas as fragilidades de controle que permitiram tão numeras operações sem qualquer alerta”.