O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, destacou em apresentação nesta sexta-feira (23) em São Paulo que as "reformas fundamentais da economia continuam sendo discutidas e avançando no Congresso". Ele disse que as perspectivas para o andamento da reforma trabalhista é positiva, apesar do revés sofrido nesta semana na Comissão de Assuntos Sociais (CAS) do Senado.
"Estamos decidindo atualmente o que será o Brasil dos próximos anos e nas próximas décadas", disse logo no início de sua apresentação em evento da Câmara Americana de Comércio (Amcham - Brasil). A reforma trabalhista, observou, vai passar pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado e Meirelles disse que a perspectiva é positiva. "O trabalho continua sendo feito. Continuamos focados e totalmente concentrados em prosseguir as reformas."
A agenda de reformas desperta controvérsias na sociedade, observou Meirelles, o que é normal, como acontece em qualquer país do mundo por conta da dimensão das mudanças, que afeta vários setores. O ministro ressaltou a aprovação do teto dos gastos públicos, já aprovado, e que o instrumento precisa ser respeitado e cumprido.
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Em gráficos mostrados durante a apresentação, Meirelles destacou que a economia voltou a crescer, pondo fim à recessão. "O consumo do setor privado está crescendo mais que o produto pela primeira vez desde 2016", disse o ministro, destacando que este fator é importante para impulsionar a economia. O dirigente declarou ainda que a agricultura está crescendo muito e a safra este ano será recorde.
O ministro mencionou também que o índice de confiança na economia brasileira por empresários e consumidos, ainda que defasado, mantém relação com crescimento da indústria e dos transportes. "A melhora da confiança nos permite dizer que teremos crescimento de outros setores além da agricultura."
Ainda sobre os números, Meirelles ressaltou que a balança comercial nos últimos 12 meses mostra a capacidade de crescimento da economia, a inflação está caindo e os juros sendo reduzidos pelo Banco Central. "A queda da inflação está levando a um aumento do poder de compra."