O ex-ministro ministro Geddel Vieira Lima foi preso preventivamente nesta segunda-feira (3), na Bahia, onde mora, pela Polícia Federal. Alvo da operação Cui Bono, o ex-ministro de Temer se tornou alvo por conta da gestão na vice-presidência de pessoa jurídica na Caixa Econômica Federal, entre 2011 e 2013.
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De acordo com a Folha de São Paulo, a PF suspeita de esquema de fraudes na liberação de créditos no período. A investigação começou a partir de elementos colhidos em um antigo celular do ex-presidente da Câmara dos Deputados Eduardo Cunha (PMDB-RJ).
Procurada pelo JC, a superintendência da Polícia Federal disse não estar autorizada a repassar detalhes da prisão neste momento.
Buscas
Em 15 de dezembro de 2015, a PF realizou buscas na casa de Cunha e apreendeu o telefone no qual estavam armazenadas mensagens trocadas com Geddel.
O mandado de prisão foi assinado pelo juiz Vallisney Oliveira, da 10ª Vara da Justiça Federal no Distrito Federal. Ligado à operação Cui Bono, o doleiro Lúcio Bolonha Funaro, já havia entregado à PF reproduções de diálogos, via WhatsApp, que demonstravam a preocupação do ex-ministro com uma possível delação. Segundo a investigação, empresários e dirigentes de empresas dos ramos de frigoríficos, de concessionárias de administração de rodovias e de empreendimentos imobiliários, mesmo ramo que colocou Geddel em apuros e iniciou sua saída do governo por conta de pressão contra o então ministro da Cultura Marcelo Calero.