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Votação da reforma trabalhista no Senado tem corte de energia após pressão da oposição

Senadores oposicionistas sentaram na mesa diretora, impedindo que o presidente iniciasse a sessão

Da editoria de Política
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Publicado em 11/07/2017 às 13:31
Foto: Romoaldo de Souza/Especial para o JC
Senadores oposicionistas sentaram na mesa diretora, impedindo que o presidente iniciasse a sessão - FOTO: Foto: Romoaldo de Souza/Especial para o JC
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Com informações do correspondente Romoaldo de Souza, em Brasília

Senadores de oposição ao governo de Michel Temer estão tentando atrapalhar a sessão de votação da reforma trabalhista. Senadoras da bancada do PT sentaram-se na mesa diretora, impedindo que o presidente da casa, Eunício Oliveira (PMDB-CE), iniciasse a sessão. Então, ele mandou apagar as luzes da Casa, além de cortar o sistema de som. Oliveira negocia com oposição a saída da mesa e retomada da votação.

As senadoras não saíram da mesa e usam lanternas dos celulares. Estão na mesa nomes como Regina Souza,
Fátima Bezerra, Vanessa Graziotin e Kátia Abreu.

De acordo com informações do site do Senado, os senadores ocupam a tribuna desde o início da sessão. O gramado em frente ao Congresso tem a presença de dezenas de sindicalistas.

Os senadores estranharam a situação. "Creio que vi (algo parecido) há muitos anos atrás em reuniões de estudantes. Não lembro se foi na Une ou no centro acadêmico. No parlamento, não lembro de ter visto nem como senador nem como observador dos fatos históricos. É mais um gesto que desmoraliza o parlamento para opinião pública porque demonstra incapacidade de de dialogarmos, de conversarmos, ou seja, de parlamentarmos. Isso aqui é um parlamento, não é o que os americanos chama de seat it, que é a prática de ficar sentado na rua para que os carros não passassem. Isso aqui é parlamento, não é um sentador. u lamento muito que estamos demonstrando, e não digo só os que estão na mesa, que não somos capazes de parlamentar. Talvez seja mais um gesto que demonstre que não estamos à altura do momento", disse Cristóvam Buarque (PPS-DF).

"Nunca vi anteriormente isso. Tem que ter legitimidade de quem assume a mesa diretora. A posição ali é do nosso presidente, Eunício Oliveira. Na hora que ele chegou, deveria ter imediatamente ter ocupado o lugar que é de direito dele. Não ocorreu isso. De forma estranha, de forma inusitada. A informação que eu tenho é que só ocorreu na época do Jango isso aqui. Não é a melhor forma do diálogo. O senado é o local da convivência com as diferenças", disse o senador Pedro Chaves (PSL-MS).

ACORDO 

o presidente Eunício Oliveira suspendeu a sessão plenária. A expectativa dele é votar o PLC 38/2017 ainda nesta terça-feira (11).

Há pouco, o Eunício Oliveira convocou uma reunião no gabinete da presidência com diversos senadores e líderes para tratar da retomada da sessão de votação da reforma trabalhista. 

Há pouco, os senadores que ocupam a mesa diretora pediram quentinhas e estão almoçando no local.

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