Decisão

Moro rebate acusações da defesa de Lula

Na decisão o juiz rejeita a tese de parcialidade defendida pelos advogados do ex-presidente

Vinícius Sales
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Vinícius Sales
Publicado em 12/07/2017 às 17:06
Evaristo Sá/AFP
Na decisão o juiz rejeita a tese de parcialidade defendida pelos advogados do ex-presidente - FOTO: Evaristo Sá/AFP
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No despacho que condenou o ex-presidente Lula a 9 anos e 6 meses no caso Triplex, o juiz Sérgio Moro afirma que o ex-presidente não está sendo julgado por sua opinião política, mas sim pelas acusações feitas pelo Ministério Público.

"Em síntese e tratando da questão de maneira muito objetiva, o ex-presidente Lula não está sendo julgado por sua opinião política e também não se encontra em avaliação as políticas por ele adotadas durante o período do seu governo. [...] Objetivamente, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e seu associado Paulo Tarciso Okamoto foram acusados pelo Ministério Público Federal da prática de crime de corrupção e de lavagem de dinheiro e , na sentença, será exclusivamente examinada a procedência ou não da acusação, nem mais, nem menos."

O magistrado ainda complementa que sua decisão não está relacionada com a eventual candidatura do ex-presidente e rebate a acusação de parcialidade de sua decisão:

"Também não tem qualquer relevância suas eventuais pretensões futuras de participar de novas eleições ou assumir cargos públicos [...] Os questionamentos sobre a imparcialidade deste julgador constituem mero diversionismo e, embora sejam compreensíveis como estratégia da defesa, não deixam de ser lamentáveis já que não encontram base fática."

Veja a sentença na íntegra

 

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