O Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações cobra R$ 20,3 milhões do senador Aécio Neves (PSDB) e de três secretários de Estado por supostas irregularidades em convênio entre o governo federal e o de Minas Gerais em 2005. O tucano governou o Estado de 2003 a março de 2010.
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O acordo foi firmado para a construção dos chamados centros vocacionais tecnológicos (CVTs), que oferecem por exemplo cursos nas áreas de empreendedorismo, informática e agricultura. Os ex-secretários do tucano citados pelo ministério são Bilac Pinto, Paulo Kleber Duarte Pereira e Alberto Duque Portugal, que comandaram a Secretaria de Ciência e Tecnologia.
Os centros foram construídos e funcionam. Porém, segundo apuração do ministério, teriam ocorrido irregularidades nos gastos que envolveram R$ 7,3 milhões em valores da época. Corrigidos, eles totalizam os R$ 20,3 milhões cobrados do senador e auxiliares. O total previsto para o projeto era de R$ 21,5 milhões. Em nota, o senador Aécio afirmou que os "ex-secretários de Ciência e Tecnologia estão apresentando suas defesas".
Sindicância interna
Segundo o governo de Minas, uma sindicância interna foi aberta para apurar o caso. Em nota, o Estado, comandado hoje por Fernando Pimentel (PT), afirma que "no caso citado, ainda em 2015 uma Sindicância Administrativa foi instaurada pela própria Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico, Ciência, Tecnologia e Ensino Superior". O governo Pimentel disse ainda que "o tema citado refere-se à administração anterior. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.