O Ministério Público de Goiás entrou, nesta quarta-feira (12), com ação de busca e apreensão da tornozeleira eletrônica que facilitou ao ex-deputado federal e ex-assessor do presidente Michel Temer, Rodrigo Rocha Loures, ser monitorado em casa. A polêmica surgiu porque em Goiás, diz o MP, há fila de espera pela tornozeleira e Loures, flagrado pela Polícia Federal com uma mala cheia de dinheiro, furou a fila.
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"Uma vez protocolada, o juiz determinará em 72 horas que o Estado se manifeste e, em ato contínuo, deve decidir (pela busca e apreensão, ou não, da tornozeleira)", afirma o promotor Fernando Krebs.
Na terça-feira (11), ele colheu o depoimento do Superintendente executivo de Administração Penitenciária do Estado, coronel Victor Dragalzew . Ele argumentou que o equipamento foi cedido ao Departamento Penitenciário Nacional (Depen), após contato telefônico, mas que isso seria oficializado por ofício, que até hoje não foi recebido por Dragalzew. O contato no Depen teria sido de outro coronel, identificado por ele como "Coronel Jeferson".
Irregularidade
O depoimento fez parte de inquérito que investiga se houve irregularidade no fornecimento do equipamento ao ex-deputado. No depoimento, Dragalzew afirmou que o fornecimento é feito à medida em que chegam as decisões judiciais determinando o uso do equipamento. Também negou saber quem seria beneficiado com o empréstimo da tornozeleira.
Interpretado como "irregularidade", o fornecimento da tornozeleira a Loures, que cumpre prisão domiciliar em Brasília, foi comunicado pelo MP à Procuradoria Geral da República. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.