O Supremo Tribunal Federal suspendeu o depoimento do presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), à Polícia Federal. Ele seria ouvido na próxima terça-feira, dia 8, mas o ministro Edson Fachin, relator da Lava Jato, atendeu a um pedido da defesa para que Maia não fosse interrogado por enquanto.
O ministro escreveu que "emerge prudente que a autoridade policial não realize atos de investigação" enquanto não for decidido se Maia seguirá sendo investigado no mesmo inquérito que os senadores peemedebistas Romero Jucá (RR), líder do governo, Renan Calheiros (AL) e Eunício Oliveira (CE), presidente do Senado, e o deputado Lúcio Vieira Lima (BA). Os autos estão em poder da Procuradoria-Geral da República, e o caso de Maia pode passar para outro relator em caso de desmembramento do inquérito, como deseja a defesa.
Acordo
Em acordo de colaboração premiada, ex-diretores da Odebrecht acusaram Rodrigo Maia, identificado pelo codinome "Botafogo", de ser destinatário de R$ 100 mil em propina para favorecer a empreiteira no Congresso, facilitando a aprovação de medidas provisórias de interesse da construtora. O deputado nega.