Na contramão do que propõe o atual projeto de reforma política, com a criação de mais um fundo partidário, o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Gilmar Mendes, criticou o orçamento das campanhas e disse que é preciso uma reforma que possa "fortalecer a democracia". Mendes participa, nesta segunda-feira (14) e terça-feira (15), da conferência sobre Integridade Eleitoral na América Latina, que ocorre na Cidade do México.
Precisamos de uma reforma do sistema eleitoral que possa fortalecer a democracia e reduzir os custos de campanhas.
— Gilmar Mendes (@gilmarmendes) 14 de agosto de 2017
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Na ocasião, o ministro destacou que “os desafios do custeio das campanhas são temas centrais em todo o mundo democrático, principalmente por causa dos crescentes gastos eleitorais”.
No Twitter, Gilmar retomou o assunto e indicou os desafios de uma reforma política no Brasil."Falei hoje no México sobre os desafios do Brasil no financiamento político. Precisamos evitar o uso de "laranjas" nas doações. Os desafios do custeio das campanhas são tema central em todo o mundo democrático, em particular com os crescentes gastos eleitorais. Precisamos de uma reforma do sistema eleitoral que possa fortalecer a democracia e reduzir os custos de campanhas", escreveu.
Reforma política
A atual proposta de reforma política em tramitação na Câmara aumenta a fonte de recursos para os partidos políticos. Seguindo o texto do projeto, será criado um Fundo Especial de Financiamento da Democracia, que injetará R$ 3,6 bilhões nos partidos, que já contam com o fundo partidário. A proposta, que foi aprovada na comissão especial, ainda precisa ser votada no plenário.