Ao defender nesta segunda (5) a aprovação da reforma da Previdência pela Câmara os Deputados, o presidente da República em exercício, deputado Rodrigo Maia, disse que a aprovação da matéria não vai retirar votos dos parlamentares nas eleições do ano que vem.
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Após a cerimônia de assinatura do decreto que confirmou o acordo de recuperação fiscal do Rio de Janeiro com a União, Maia argumentou que aprovação da reforma da Previdência terá um “impacto muito grande” na economia do país.
“Vou seguir tentando convencer os líderes de que a aprovação da reforma da Previdência não vai tirar votos de ninguém; que a reforma da Previdência, bem explicada, no próximo ano vai gerar resultado, um impacto muito grande na economia; e que terá ganhos políticos para todos nós”, disse Rodrigo Maia.
Por outro lado, acrescentou Maia, a não aprovação da reforma acarretará em prejuízos no médio e longo prazos.
“Meu medo é que a gente não consiga fazer esse convencimento, e no ano que vem, que tem boas perspectivas para a economia brasileira [caso a reforma seja aprovada], tenhamos a reversão disso pela perda de confiança dos investidores de médio e longo prazo no Brasil por não acreditar que o Brasil terá condições de avançar nessas reformas”.
Ao ressaltar, mais uma vez, a necessidade de aprovação da reforma da Previdência, Rodrigo Maia disse que ela é a “reforma de todas as reformas”.
“Sempre tenho dito que a reforma da Previdência é a reforma de todas as reformas, porque com ela vamos ter condições de garantir uma estabilidade dos gastos públicos nos níveis federal e dos estados. Ninguém faz essa conta, mas o déficit atuarial de todos os estados beira a ordem de R$ 3 trilhões, R$ 4 trilhões. É um problema de médio e longo prazo enorme, fora o caso do Rio, que já tem déficit de R$ 12 bilhões por ano”, afirmou o presidente da República em exercício
Para Rodrigo Maia, a eventual apresentação de nova denúncia conta o presidente Michel Temer pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, não deve atrapalhar a votação da reforma da Previdência.
“Ontem à noite, você tinha um cenário em relação à denúncia do presidente Michel Temer, só tratávamos disso. Agora, temos outra agenda. A vida é assim, a reforma da Previdência, no mês de maio, tinha votos para ser aprovada e hoje ela não tem os votos. Nosso trabalho é o de convencimento, mais uma vez, como fizemos na PEC do Teto”.
Previdência dos congressistas
Maia defendeu ainda que no bojo do debate sobre a reforma dos servidores públicos, o Congresso também mude a regra da previdência dos deputados para que ela passe a ter as mesmas regras dos trabalhadores da iniciativa privada.
“A sociedade acha que o parlamentar se aposenta com quatro anos de mandato. Essa é uma realidade que acabou em 1997. Essa lei que temos hoje, que vem de 1997, aposentou, nos últimos 20 anos, 50 parlamentares. Mas temos que melhorar, para os novos deputados, o regime geral [da Previdência], teto da Previdência, mais previdência complementar”.