O ministro da Defesa, Raul Jungmann, emitiu nota, nesta segunda-feira (18), exigindo explicações do comandante do Exército sobre uma fala de um general da ativa, que levantou a hipótese de uma intervenção militar, “caso não fosse resolvido o problema político”, na última sexta-feira (15).
Para Jungmann, as falas do general Antonio Hamilton Mourão, secretário de Finanças do Exército, são passíveis de punição porque a legislação veda a oficiais manifestações sobre a conjuntura político-partidária sem autorização do Comando do Exército.
Punição
A nota diz que foram discutidas “medidas cabíveis a serem tomadas”. O general Eduardo Villas Boas, Comandante da Força, não se manifestou. É que pode decidir o que pode ser feito em relação ao general Mourão.
O governo avaliou que Mourão é reincidente e o caso isolado. Em 2015, Mourão prestou uma homenagem ao coronel Carlos Alberto Brilhante Ustra, ex-chefe do DOI-Codi, centro de detenção e tortura da ditadura militar, morto naquele ano. Ele também fez críticas à classe política e exaltou a “luta patriótica”. Com as afirmações, perdeu o cargo de comandante da região Sul.