A Polícia Federal voltou às ruas do Recife na manhã desta sexta-feira (20) para cumprir uma nova fase da investigação contra o esquema de corrupção da Petrobras. Os agentes apuram o pagamento de vantagens indevidas a executivos da empresa em nova etapa da Operação Lava Jato. Os policiais cumprem um mandado de busca e apreensão no edifício Maria Ângela Lucena, na Avenida Boa Viagem, Zona Sul da cidade. Segundo a PF, as investigações ocorreram na residência do engenheiro Djalma Rodrigues de Souza, de 67 anos, que foi preso temporariamente no Rio de Janeiro.
Agentes foram ao local mas nada foi apreendido. Uma doméstica que estava no apartamento de luxo relatou que o engenheiro viajava muito.
A ordem foi expedida pela 13ª Vara Federal de Curitiba, do juiz Sérgio Moro. Ainda não foi confirmado qual o alvo desta operação na cidade. Além de Pernambuco, a PF também está nas ruas do Rio de Janeiro para cumprir outras ordens judiciais.
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As investigações estão relacionadas ao setor de Operações Estruturais da Odebrecht. A suspeita é que um grupo de gerentes da Petrobras se uniram em benefício da empreiteira. Os investigados teriam recebido valores em contas de empresas off-shores no exterior.
Em julho, Djalma teve o nome envolvido em denúncia contra o deputado Eduardo da Fonte (PP-PE), que foi acusado de receber R$ 300 mil da UTC Engenharia em 2010 para beneficiar a empresa em obras no esquema de corrupção da Petrobras.
Rio de Janeiro
No Rio de Janeiro, devem ser cumpridos mandados de condução coercitiva e ao menos um mandado de prisão temporária. Medidas cautelares também devem ser aplicadas ainda nesta sexta-feira contra alvos da investigação por ordem da Justiça Federal.
De acordo com as investigações, há indícios concretos de que um grupo de gerentes da Petrobras uniu-se para beneficiar a Odebrecht em contratações com a petroleira, mediante o pagamento de valores de forma dissimulada em contas de empresas off-shores estabelecidas no exterior.
Os investigados responderão pela prática dos crimes de associação criminosa, corrupção e lavagem de dinheiro.
O investigado preso temporariamente será conduzido à carceragem da Polícia Federal em Curitiba/PR.
Em outro procedimento e atendendo também à determinação da 13ª Vara Federal de Curitiba/PR, a Polícia Federal deu cumprimento a um mandado de prisão preventiva de réu condenado em ação penal.
Também neste caso o réu será conduzido à Superintendência da Polícia Federal em Curitiba/PR.
Discriminação dos mandados:
RIO DE JANEIRO/RJ
3 mandados de busca e apreensão
1 mandado de condução coercitiva
1 mandado de prisão temporária
3 intimações de medidas alternativas
1 mandado de prisão preventiva (ação penal)
RECIFE/PE
1 mandado de busca e apreensão