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O presidente do Senado, Eunício Oliveira (PMDB-CE), se manifestou nesta terça-feira, 7, favorável à reforma da Previdência e criticou os supersalários que furam o teto constitucional, dias depois de a ministra dos Direitos Humanos, Luislinda Valois (PSDB), pedir ao governo (e depois desistir do pleito) para receber acima do teto de R$ 33,7 mil, acumulando salário e aposentadoria.
Em discurso disponibilizado pela assessoria de imprensa do Planalto, durante reunião do presidente Michel Temer com os líderes do Senado, Eunício pregou que o governo e o Congresso promovam com coragem o que chama da "reforma mínima": o estabelecimento de uma nova idade mínima para aposentadoria e o corte de privilégios dos três Poderes "e de outros que se acham poderes", em referência velada ao Ministério Público e Polícia Federal.
"Se a reforma da Previdência, lá no começo, não tivesse tido tanta incompreensão, nós teríamos feito essa reforma com muita velocidade, porque o Brasil precisa. Sabe o senhor mais uma vez que vão vender para a população brasileira que o senhor vai ser culpado de tudo o que não vai acontecer", afirmou Eunício, dirigindo-se a Temer. "O País não aguenta mais que cidadãos brasileiros, seja do poder Executivo, do Legislativo ou do Judiciário, que estão hoje convocados para determinadas tarefas ou forças-tarefas ganhem R$ 150 mil, R$ 160 mil, R$ 170 mil por mês de extraordinários durante três, quatro anos em nome da moralidade pública", disse.
O senador peemedebista, que recentemente se assumiu eleitor do ex-presidente Lula, principal pré-candidato da oposição à sucessão de Temer, elogiou o atual presidente, chamado de "amigo", e disse que ele é vítima de "injustiças". Ele afirmou que os senadores não sofreram pressão de parte do Planalto ou reclamações e votou as matérias legislativas e sem compromisso com a "eleição de amanhã". "O Congresso nunca deixou de atender às necessidades do País", disse.
Elogios
Eunício elogiou iniciativas como a liberação de FGTS e renegociação de dívidas. "Quantas medidas muitas vezes incompreendidas Vossa Excelência (Temer) teve a coragem de tomar, sabendo que essas medidas não lhe trariam nenhuma popularidade, pelo contrário, lhe tirariam popularidade, mas dariam à população de hoje e de amanhã e mais além, para o futuro, um novo patamar de convivência com dignidade."