O deputado federal Daniel Coelho (PSDB) afirmou, na noite desta segunda-feira (27), que, diferentemente do que foi acordado entre cúpula do partido, a decisão sobre a presidência da legenda deveria ser resolvida nas urnas. "O ideal era que nós tivéssemos disputa, até porque havia dois pontos de vista muito claros e divergentes sobre o posicionamento político do PSDB. Por isso eu acho que o ideal era que nós disputássemos o partido nas urnas e poder trabalhar o seu reposicionamento", cravou o tucano.
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Na noite do último domingo (26), o governador de São Paulo e presidenciável Geraldo Alckmin, decidiu que concorrerá à presidência da legenda. Hoje, o senador Tasso Jereissati e o governador de Goiás, Marconi Perillo, desistiram da postulação e anunciaram uma chapa única para a executiva da agremiação.
"O ruim é se isso representar um partido que fique unido para uma eleição interna, mas continue tendo divergências em relação às suas posições sobre o governo e a diversos outros assuntos que vão surgir na pauta. Não sei até que ponto nós vamos ter unidade nessas questões", afirmou o parlamentar, se referindo ao racha existente na sigla, sobretudo em torno do apoio ao presidente Michel Temer (PMDB). Daniel lembrou ainda que se reunirá nesta terça-feira (28) com o grupo de Tasso para que os termos da negociação sejam expostos.
EX-MINISTRO
Por nota, o deputado federal e presidente do PSDB de Pernambuco, Bruno Araújo, afirmou que o gesto do trio contribui para a unidade partidária em prol de um projeto maior em 2018. "O entendimento no partido é o da construção de uma candidatura presidencial viável que demonstre nosso compromisso com o Brasil. Nesse sentido, gestos de dois importantes homens públicos de envergadura (Tasso e Perillo) só ajudam a consolidar a unidade do PSDB, necessária para que o partido continue contribuindo com o País", ressaltou o ex-ministro das Cidades.