Tensão

Diálogo com Bruno Araújo não ocorrerá antes da convenção nacional do PSDB, diz Daniel Coelho

Deputado federal teve o nome vetado da tesouraria do partido e cortou relações com o ministro

Da editoria de Política
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Publicado em 10/11/2017 às 21:34
Foto: Gustavo Lima/ Câmara dos Deputados
Deputado federal teve o nome vetado da tesouraria do partido e cortou relações com o ministro - FOTO: Foto: Gustavo Lima/ Câmara dos Deputados
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Depois de ter seu nome vetado pelo ministro das Cidades, Bruno Araújo, presidente eleito do PSDB pernambucano, para ocupar o cargo de tesoureiro da legenda, o deputado federal Daniel Coelho (PSDB) afirmou, nesta sexta-feira (10), que não está disposto a dialogar com o correligionário, ao menos até a convenção nacional do partido, que ocorrerá no dia 9 de dezembro. De acordo com o parlamentar, que também garantiu que não pensa em deixar a sigla, ambos estão em lados opostos na disputa interna e, neste momento, não há como separar os interesses locais dos nacionais.

"Até o domingo passado, tava separado, por uma sugestão minha, mas naquele dia foi misturado. Então eu acho que agora é melhor a gente, democraticamente, com respeito, não precisa ninguém se agredir, ir para uma disputa de posição ideológica. Nesse momento a discussão do PSDB é sobre princípios, o jeito de ver a política, é isso que vai estar em jogo agora, depois disso a gente vai dialogar com todo mundo do partido", disse Daniel.

Pela manhã, de passagem pelo Estado, Bruno disse que tentaria construir a unidade no PSDB e ressaltou que Daniel é um importante quadro do partido. O ministro, no entanto, não deixou de alfinetar o deputado, dizendo que lhe faltou "compreensão" para aceitar sua decisão de deixá-lo de fora da tesouraria.

Resposta

Sobre a declaração, Daniel mais uma vez afirmou que a decisão de Bruno foi uma retaliação pelas suas posições no âmbito nacional, como a defesa do desembarque dos tucanos do governo Temer e o apoio de Tasso Jeireissati na presidência do partido, em oposição a Marconi Perillo, apoiado pelo ministro. "Está muito claro agora que a questão é nacional. O palanque dele está montado. Se não estava compreendido no domingo, agora está. Após o dia 9, nós vamos sentar e avaliar a situação de Pernambuco", cravou o deputado.

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