O empresário Marcelo Odebrecht está em São Paulo para cumprir o restante de sua pena em casa, com o uso de tornozeleira eletrônica. Por dois e meio, ele ficou preso na carceragem da Polícia Federal em Curitiba, no Paraná. Ao sair, Marcelo foi encaminhado à sede da Justiça Federal, onde colocou na perna o equipamento que irá custar cerca de R$ 149 por mês.
O empresário chegou a ser condenado a 19 anos e 4 meses, após um processo em março de 2016 e outro em junho de 2017, ambos da Operação Lava Jato. Com o acordo de delação, pagou multa de mais de R$ 73 milhões e a pena de Marcelo caiu para 10 anos em regime fechado, em diversas etapas. Com as progressões previstas da pena, em 2025 vai estar livre, terá apenas que informar a Justiça sobre suas atividades.
A mansão que Odebrecht cumprirá a pena, tem mais de 3 mil m² , custou entre R$ 20 milhões e tem uma manutenção mensal estimada em R$ 20 mil. O imóvel tem campo de futebol, piscina e uma academia de ginástica.
Termos de acordo
O empresário terá direito a duas saídas por ano, com uma autorização da Justiça. A primeira já está definida, que será para a festa de formatura do ensino superior de uma de suas filhas no próximo ano.
Enquanto Marcelo Odebrecht estiver em casa, o empresário poderá receber 15 pessoas previamente cadastradas e autorizadas por um juiz de execução penal de Curitiba.
Além das 15 pessoas, terão permissão para a visita parentes de até 4º grau (primos e tios-avôs), profissioanis de saúde (médicos, dentistas e fisioterapeutas) e advogados. Até o momento, não existe restrições com relação a convidados da mulher de Odebrecht ou das três filhas do casal.
Rotina de Marcelo Odebrecht fora da prisão
Após o empresário cumprir pena em regime fechado, os próximos dois anos e meio serão em prisão domiciliar na sua mansão com tornozeleira eletrônica.
Em seguida, Marcelo cumprirá um regime semiaberto diferenciado, onde será obrigado a ficar em casa entre 22h e 7h, além de não poder sair aos fins de semana nem viajar sem autorização da Justiça.
Em dezembro de 2022, o empresário passará dois anos e meio e dessa vez em regime semi aberto, mas com recolhimento domiciliar noturno nos finais de semana e feriados.