Segurança Pública

Raul Jungmann nega intenção de assumir Ministério da Segurança

Nome do ministro da Defesa é cogitado para comandar o ministério por ter uma atuação forte no Rio de Janeiro com a presença do Exército no estado

Editoria de Política
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Publicado em 19/02/2018 às 11:04
Foto: Antônio Cruz / Agência Brasil
Nome do ministro da Defesa é cogitado para comandar o ministério por ter uma atuação forte no Rio de Janeiro com a presença do Exército no estado - FOTO: Foto: Antônio Cruz / Agência Brasil
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O ministro da Defesa, Raul Jungmann (PPS) negou que tenha intenção de assumir o novo Ministério Extraordinário da Segurança Pública, anunciado pelo presidente Michel Temer (PMDB) no último sábado (17).

"Eu não pretendo mudar de posição. Se sair daqui, é para ser candidato a deputado federal em Pernambuco, é a única alternativa que eu tenho", afirmou o ministro, em entrevista ao programa Passando a Limpo da Rádio Jornal nesta segunda-feira (19). 

Em Pernambuco, o seu partido integra a Frente Popular, apesar dele ser ministro de governo de Temer e o PSB agora fazer oposição ao presidente. 

O nome de Jungmann havia sido cogitado para comandar a pasta, por ter uma atuação forte no Rio de Janeiro com a presença do Exército no reforço à segurança. 8.500 homens das Forças Armadas e 620 da Força Nacional ocupam o estado desde o mês de julho do ano passado. Outro nome cotado é do ex-secretário de Segurança Pública na gestão do governador Sérgio Cabral, José Beltrame.

Ministério da Segurança Pública

O presidente deve criá-lo por meio da edição de uma Medida Provisória, nas próximas duas semanas De acordo com Temer, caberá ao Ministério da Segurança Pública "coordenar a segurança pública em todo o país, evidentemente sem invadir as competências de cada estado" e em caráter extraordinário, podendo ser extinto a qualquer momento quando o problema for solucionado. A Polícia Federal, a Polícia Rodoviária Federal e a Força Nacional ficariam submetidas ao novo ministério, o que poderia provocar o esvaziamento do Ministério da Justiça, atualmente comandado por Torquato Jardim. 

A proposta partiu do presidente do Senado. Não se trata de uma ideia nova, mas ela foi desengavetada agora pelo Palácio do Planalto na tentativa de emplacar uma agenda popular, a sete meses e meio das eleições. Pesquisas encomendadas pelo Planalto mostram que a segurança é uma das principais preocupações da população, ao lado da saúde. Na avaliação de auxiliares de Temer, as iniciativas de decretar a intervenção na segurança pública do Rio e de criar um ministério para cuidar da área passam a imagem de que o governo federal não está inerte e age para enfrentar o problema, embora a competência no setor seja dos Estados.

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