O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Luís Roberto Barroso autorizou a quebra dos sigilos telefônico e telemático do ex-deputado Rodrigo da Rocha Loures, ex-assessor da Presidência da República, e do coronel João Baptista Lima, amigo de Temer. Determinação foi proferida em 27 de fevereiro, mesmo dia no qual ele também autorizou a quebra do sigilo bancário do presidente.
As decisões foram tomadas no âmbito do inquérito que apura irregularidades no chamado Decreto dos Portos, assinado por Temer em 2017. Luís Roberto Barroso também autorizou quebras de sigilos de Antonio Celso Grecco, dono da Rodrimar, e Ricardo Mesquita, diretor da empresa. As quebras de sigilo abrangem o período entre 2013 a 2017.
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Quebra do sigilo de Temer
Ao autorizar a quebra do sigilo bancário de Temer, o ministro do STF atendeu a um pedido do delegado Cleyber Malta, responsável pelo inquérito que investiga irregularidades na edição do Decreto dos Portos. A decisão de Barroso é de 27 de fevereiro. A perda de sigilo abrange o período entre 2013 e 2017.
Auxiliares do presidente disseram que ele ficou bastante irritado e incomodado com a decisão inédita de Barroso de quebrar o sigilo de um presidente em exercício.
Inquérito dos Portos
O inquérito contra Temer foi solicitado pelo então procurador-geral da República, Rodrigo Janot, em junho do ano passado e teve sua abertura autorizada por Barroso, em setembro. A apuração mira os possíveis crimes de lavagem de dinheiro, corrupção ativa e corrupção passiva.
Além do presidente, são investigados no inquérito Rodrigo Rocha Loures (PMDB-PR), ex-assessor de Temer e ex-deputado federal e Antônio Celso Grecco e Ricardo Conrado Mesquita, respectivamente dono e diretor da empresa Rodrimar. Todos negam irregularidades