O ex-prefeito de São Paulo, João Doria (PSDB), deixou na tarde desta sexta-feira (20) o escritório do presidente Michel Temer, zona sul da capital. Segundo o tucano, a conversa, que durou cerca de 45 minutos, girou em torno do cenário eleitoral nacional e de São Paulo, onde Doria é pré-candidato e pode enfrentar o presidente da Fiesp, Paulo Skaf, do MDB, mesmo partido do presidente.
Questionado se veio pedir apoio de Temer para uma aliança dos dois partidos no Estado, Doria disse apenas que veio pedir "uma boa conversa" e que o diálogo "evolui positivamente". "Skaf segue sua candidatura assim como nós a nossa. Mas sempre com o interesse de, mais à frente e quem sabe, construir candidatura de coalizão, somando forças pelo bem de São Paulo e do Brasil", afirmou.
Doria e Skaf lideram a disputa em São Paulo, segundo última pesquisa Datafolha, com 29% e 20% das intenções de voto, respectivamente. Os dois também são líderes em rejeição, com 33% e 34%. Segundo disseram à reportagem fontes ligadas à campanha do tucano, o ex-prefeito gostaria que Temer desse anuência para que o PSDB continue tentando convencer o diretório estadual a aceitar uma aliança.
Ontem, Skaf comunicou à coordenação da campanha de Doria que mantém a candidatura e que descarta, no momento, uma aliança. Os tucanos ofereceram uma das vagas ao Senado para o MDB, mas Skaf estaria resistente porque acredita na possibilidade de um bom desempenho este ano.