O presidente Michel Temer classificou a eventual terceira denúncia que possa ser feita pela Procuradoria Geral da República (PGR) contra ele como uma "campanha oposicionista, mera hipótese". Em entrevista à NBR, transmitida na manhã desta sexta-feira, 4, Temer afirmou que as duas denúncias iniciais já feitas eram "tão pífias que o Congresso impediu que elas prosperassem".
POSICIONAMENTO
"Essa (suposta terceira denúncia) seria mais pífia, de menor dimensão que as anteriores. Há apenas uma campanha deliberada para tentar enfraquecer o governo", afirmou o presidente.
Questionado se seria possível tratar da deposição de um presidente a apenas cinco meses antes do fim do mandato, Temer afirmou: "Se resistimos até hoje, não seria agora, faltando cinco meses."
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INVESTIGAÇÃO
O presidente Michel Temer é investigado no âmbito da Operação Skala, que apura as suspeitas de corrupção envolvendo o emedebista e empresas do setor portuário. A apuração preliminar da Polícia Federal vê indícios de que ele teria usado dinheiro de propina para reformar imóveis da família e teria ocultado bens em nome de terceiros. O presidente se queixou que desde o início das investigações não foi procurado para apresentar os documentos que provam a posse legal dos imóveis.
No final da manhã desta quinta-feira (3) reagiu com ironia ao ser indagado se estaria preocupado com o depoimento de sua filha Maristela, à Polícia Federal (PF), sobre a investigação. "Registre o meu sorriso", afirmou durante visita à 25ª Agrishow, em Ribeirão Preto (SP).