Após a greve dos caminhoneiros completar nove dias, as tentativas do governo de acabar com o movimento seguem frustadas. Segundo informações divulgadas pelo jornal Folha de S. Paulo, o governo do presidente Michel Temer vêm impondo que a Polícia Federal ande rápido com as investigações e prenda as pessoas ligadas a alguma ilegalidade ao movimento.
Segundo a apuração do jornal, o diretor-geral da polícia, Rogério Galloro, em reunião no Palácio do Planalto, tentou explicar, de uma maneira básica, como funcionam as prisões no Brasil. As pessoas que estavam presente na cúpula, afirmaram que Carlos Marun, da Secretaria do Governo e Eliseu Padilha, da Casa Civil, são os maiores apreciadores das prisões.
A pressão de Temer, resultou em uma explicação da PF de que as prisões não poderiam ser tratadas como uma realidade, uma vez que não havia decisão judicial.
Pressão
O jornal explica que a pressão começou na última sexta-feira (25), após o fracasso do acordo realizado com os representantes. No fim da sexta, Rogério Galloro encontrou uma abertura e enviou comunicado para todas as superintendências da PF abrirem inquéritos caso verificassem suspeitas de locaute.
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Para que o ofício se tornasse legal, havia uma explicação que é a prática, que consiste na ação de patrões que tentam impedir funcionários de trabalharem.
A Folha de S. Paulo apurou e constatou que mesmo nas próximas 24 horas, não havia pedidos de prisão, ou até qualquer inquéritos abertos.
Resposta
O jornal paulista buscou uma resposta do governo de Michel Temer, que respondeu que não há 'nenhuma pressão sobre a PF e que a investigação ocorre em ritmo normal. A apuração dos fatos enquanto eles ocorrem, segundo a assessoria, permite melhores conclusões'.
Marun negou que exista uma cobrança do governo sobre as prisões. “Confiamos no trabalho da polícia. Tem que deixar cada um fazer o seu trabalho”, disse.
Eliseu Padilha, respondeu por meio da sua assessoria, que solicitou à Polícia Rodoviária Federal e à PF que investigassem a denúncia de infiltração de pessoas estranhas ao movimento dos caminhoneiros, que estariam ameaçando e constrangendo motoristas que tentavam voltar a estrada com seus caminhões. “Portanto, o ministro Padilha pediu apenas investigação sobre um fato objetivo e não solicitou nada sobre locaute”, disse a Casa Civil, por meio de uma nota.