'ACHO MUITO DIFÍCIL'

Aliado de Bolsonaro não acredita em reforma da Previdência neste ano

Líder da bancada da bala na Câmara, Alberto Fraga (DEM-DF) não acredita que reforma da previdência seja aprovada neste ano

Estadão Conteúdo
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Publicado em 30/10/2018 às 17:43
Foto: Gilberto Nascimento/ Câmara dos Deputados
O ex-deputado Alberto Fraga é cotado para ser o novo ministro - FOTO: Foto: Gilberto Nascimento/ Câmara dos Deputados
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Aliado do presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL) e líder da bancada da bala na Câmara, o deputado Alberto Fraga (DEM-DF) não acredita que a reforma da Previdência seja aprovada neste ano ainda pela Câmara. "Duvido muito que com o texto atual a gente avance em alguma negociação. Não posso falar pela Casa, estou falando pelo clima que eu sinto dos colegas. Acho muito difícil", disse Fraga.

Questionado se ele acredita que há tempo hábil para elaboração e discussão de um novo texto sobre a Previdência, ele disse achar isso uma tarefa impossível para a atual legislatura. "Falar em um novo texto é impossível. E se houver, é claro que essa responsabilidade tem de ficar com o novo Congresso, com os parlamentares que foram eleitos", afirmou Fraga.

"Os deputados que não se reelegeram podem de repente receber a pecha de ser uma retaliação e isso é muito ruim e a vida pública continua, por isso, que eu acho mais prudente a gente preparar um novo texto mais adequado e duradouro e pensarmos nisso no próximo ano", afirmou. Para o democrata, o novo texto deve tratar de uma reforma de forma mais permanente para que a Câmara não tenha de voltar a rediscutir a questão nas próximas legislaturas. "Temos de fazer uma reforma duradoura que vai durar por 20 ou 30 anos e não fazer uma meia-sola", disse.

Reforma tributária e estatuto do desarmamento

Por outro lado, o líder da bancada da bala acredita que ainda haja espaço para a atual legislatura aprovar a reforma tributária e as alterações no estatuto do desarmamento.

O deputado não concorreu à reeleição para Câmara e foi derrotado nas urnas na disputa para o governo do Distrito Federal. Especula-se que ele deva assumir alguma função no governo de Bolsonaro, o que ele nega que esteja definido. "Estou disposto a ajudar, mas não há nenhuma definição", disse sobre seu papel no governo.

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