demissão de comissionados

Milton Coelho: Pernambuco tomará 'medidas amargas' se gasto com pessoal continuar acima de limite da LRF

Secretário de Administração se queixou da condução política dos sindicatos. Gasto com pessoal equivale hoje a 50,3% da Receita Corrente Líquida do Estado

Do JC Online
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Publicado em 30/09/2015 às 10:36
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Secretário de Administração se queixou da condução política dos sindicatos. Gasto com pessoal equivale hoje a 50,3% da Receita Corrente Líquida do Estado - FOTO: Foto: JC Imagem
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Em entrevista à Rádio Jornal na manhã desta quarta-feira (30), o secretário de Administração de Pernambuco, Milton Coelho (PSB), afirmou que o governo do Estado pode ter que adotar "medidas amargas" como a demissão de funcionários não-estáveis caso o comprometimento da Receita Corrente Líquida (RCL) com gasto de pessoal continue acima do limite prudencial da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) por mais dois quadrimestres. Nessa terça-feira (29), o colunista de economia Fernando Castilho, do JC, informou em primeira mão que o gasto com pessoal do Estado no segundo quadrimestre de 2015 ficou em 50,3%; acima do limite prudencial.

"É uma situação muito crítica que, se permanecer por dois quadrimestres consecutivos, o governo de Pernambuco vai ter que tomar medidas amargas com demissão de não-estáveis. E aí vamos partir para a demissão de cargos comissionados. E vamos ter que fazer isso, para que não haja uma clima de tensão desnecessário, se nós persistimos por mais dois quadrimestres nessa situação", afirmou Milton Coelho.

O secretário também se queixou da incompreensão e da condução política dada por sindicatos a discussão sobre reajustes dos servidores, proíbidos por causa da LRF. A queixa ocorre um dia depois de o Sindicato dos Polícias Civis de Pernambuco rejeitarem uma proposta do governo para os aposentados.

"A forma do comportamento, da maneira, e dos argumentos utilizados para rejeitar a proposta nos dá toda a impressão de que há um elemento político nessas decisões que estão sendo tomadas na condução do sindicato. Afinal de contas, essa greve branca que eles vem praticando desde abril foi, pouco a pouco, denotando o caráter político que ela tem", afirmou Coelho.

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