Com informações da repórter Marcela Balbino, de Ribeirão.
Em Ribeirão, desde às 5h da manhã desta quinta-feira (1º), dezenas de pessoas se reuniram em torno da prefeitura, após se espalhar a notícia de que o prefeito Romeu Jacobina Figueiredo foi preso pela Polícia Civil na Operação Terra Arrasada II, que investiga crimes de responsabilidade, uso de documento falso lavagem de dinheiro e crime organizado. O prédio da administração municipal está fechado, enquanto policiais civis cumprem os mandados de busca e apreensão.
Os moradores se dizem resolvados com a situação de atraso de salário dos servidores e de paralisação dos serviços públicos do município. Há quatro meses, o sindicato dos servidores chegou a montar uma tenda na praça que fica em frente ao prédio da prefeitura para recolher alimentos para os aposentados, que estavam sem receber.
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A situação é pior para os contratados, que estão há meses sem receber. A professora de Educação Infantil Simone Maria dos Santos afirmou ao JC que chegou a passar seis meses sem receber. A maior preocupação dela foi quando adoeceu no período, sem ter o pagamento do município. "A gente não está querendo reforma, calçamento ou melhoria. A gente só quer o salário da gente."
ACUSAÇÃO
A Polícia Civil acusa o prefeito de participar de um esquema de fraude na coleta de lixo. Uma empresa fantasma foi contratada pela prefeitura num esquema de licitação superfaturada, que subcontratava caçambas para recolher o lixo com custo menor. Além dele, dois secretários municipais e outras cinco pessoas foram detidas.
Em junho, o prefeito foi afastado do cargo pela Justiça, atendendo a um pedido do Ministério Público, mas conseguiu retonar. As contas da prefeitura estão bloqueadas.