O ministro de Cidades, Bruno Araújo (PSDB), em entrevista a Rádio Jornal, na manhã desta sexta-feira (13), ressaltou que devido a grave crise econômica, o Governo Federal escolheu não aumentar a tarifa do metrô do Recife. “Não autorizamos o reajuste do metrô, com a grave crise econômica, avaliamos que o Governo Federal poderia dar essa contribuição para Região Metropolitana do Recife”, afirmou.
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Apesar disso, o ministro avaliou que a concessão do metrô é inevitável para o futuro, mas que primeiro é preciso tornar a possibilidade viável. “A concessão é algo inevitável pro futuro. Temos que elevar o nível do metrô primeiro e lá na frente discutir com a iniciativa privada a concessão. O metrô teve, em relação ao que era há 14 anos atrás, uma redução de qualidade pelos mais diversos motivos. Se nós trouxermos qualquer investidor hoje com o padrão que o metrô tem hoje, estaremos desmoralizando o investimento que o Governo Federal fez até hoje”, disse.
Conforme o ministro, além do Recife, o Governo Federal, por meio da Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU), subsidia os modais de Macéio, Natal, João Pessoa, Belo Horizonte e Porto Alegre, pagando até 80% do valor das passagens cobradas. Ele lembrou que tudo o que o metrô recebe, das pessoas que pagam passagem e do que o sistema integrado paga ao metrô, corresponde só a 20% das despesas do metrô. "Na prática, o Governo Federal, o Tesouro Federal, aUnião, paga 80% do transporte de qualquer pessoa que utilize o equipamento. É uma grande contribuição social", retificou.
Veja nota divulgada pela CBTU sobre a tarifa do metrô:
O Metrô do Recife, administrado pela Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU) informa que, a partir de uma política do Ministério das Cidades e do Governo Federal de contribuir com o transporte coletivo da população brasileira, decidiu manter a atual tarifa aplicada (R$1,60).
Importante ressaltar que, pelo sexto ano consecutivo, a tarifa de metrô permanece sem aumento e que o valor atual corresponde a apenas 20% das despesas do metrô, CBTU-RECIFE, permanecendo o Ministério das Cidades, responsável por 80% dos custos com o transporte de passageiros da Região Metropolitana do Recife.
Diante das dificuldades financeiras enfrentadas pela maioria da população brasileira, o governo federal permanece no caminho deavançar em uma política de gestão compatível com as necessidades de transporte de todo o Recife, contribuindo para que as tarifas de transporte sejam as menores possíveis.